Acessibilidade / Reportar erro

Estudos em busca de um inseto modelo para o xenodiagnóstico em hospedeiros com doença de Chagas: 4 - O reflexo da cepa do parasito na resposta de diferentes espécies vetoras à infecção crônica com diferentes isolados do Trypanosoma cruzi

Estudos anteriores (1982,1987) enfatizaram a superioridade das espécies vetoras silvestres às domiciliadas, como agentes do xenodiagnóstico nas infecções agudas e crônicas pelo isolado Y do T.cruzi. Os dados atuais estabeleceram a generalidade deste fenômeno. Por exemplo, a proporção de positivos nas infecções por 'São Felipe" variou de 82,5% a 98,3% nos vetores silvestres, caindo para 42,5% a 71,3% em espécies domiciliadas. Ficou claro o envolvimento do isolado do T.cruzi na resposta do vetor à infecção crônica por T.cruzi. Por exemplo, os índices de infectividade produzidos por "Berenice", "Y", "FL" e "CL" variaram de 56,3% a 83,3% em P.megistus e de 28,3% a 58,8% em T.sordida. Sendo a resposta das mesmas espécies vetoras às infecções agudas pelos mesmos isolados altamente uniformes, aproximando-se a 100%, sugere-se que a grande carga parasitária nas infecções agudas oculta as diferenças interespecíficas existentes entre os isolados do T.cruzi. A análise dos dados obtidos levou a especular que resultados adicionais de mais isolados permitiriam associar os índices de infectividade, produzidos por diferentes isolados do T.cruzi, aos perfis isoenzimáticos revelados por esses.

Tripanossomose Sul-Americana; Insetos vetores; Relações hospedeiro-parasita; Triatoma; Panstrongylus; Rhodnius; Trypanosoma cruzi


Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo Avenida Dr. Arnaldo, 715, 01246-904 São Paulo SP Brazil, Tel./Fax: +55 11 3061-7985 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revsp@usp.br