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Validade transcultural da escala demanda-controle: trabalhadores suecos e brasileiros

OBJETIVO

Avaliar a validade transcultural da escala demanda-controle, comparando o questionário original sueco com a versão brasileira.

MÉTODOS

Foram comparados os dados de trabalhadores de saúde, 362 suecos e 399 brasileiros. Foram utilizadas análise fatorial confirmatória e exploratória para avaliar a validade estrutural, usando o estimador robusto de mínimos quadrados ponderados ajustados para média e variância (WLSMV). A validade de construto via teste de hipóteses foi avaliada pela inspeção da distribuição dos escores médios das dimensões da escala segundo as características sociodemográficas e níveis de apoio social no trabalho.

RESULTADOS

A análise fatorial confirmatória e exploratória corroborou o instrumento em três dimensões (suecos e brasileiros): demandas psicológicas, uso de habilidades e autonomia para decisão. O modelo de melhor ajuste foi obtido após incluir uma correlação de resíduos entre os itens trabalho rápido e trabalho intenso (demandas psicológicas) e remover o item trabalho repetitivo (uso de habilidades). O teste de hipóteses mostrou que trabalhadores com nível universitário apresentaram maiores escores em uso de habilidades e autonomia para decisão e aqueles com grau elevado de apoio social no trabalho obtiveram escores menores em demandas psicológicas e maiores em autonomia para decisão.

CONCLUSÕES

Os resultados confirmaram a equivalência da estrutura dimensional em dois contextos laborais culturalmente diferentes. Uso de habilidades e autonomia para decisão formaram duas dimensões distintas e o item trabalho repetitivo deveria ser removido da escala.

Questionários; Condições de Trabalho; Estresse Psicológico; Comparação Transcultural; Estudos de Validação; Análise Fatorial


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