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Gravidezes subseqüentes: quem as tem e quem as quer? Observações em um centro urbano da região Sul do Brasil

Em um estudo de coorte de base populacional, foram estudados todos os 6.011 nascimentos hospitalares ocorridos na cidade de Pelotas, RS, em 1982. As parturientes foram entrevistadas logo após o parto, e 80% delas foram novamente contactadas em suas residências no início de 1986, em média 43 meses mais tarde. Dessas mulheres, 39% haviam engravidado novamente. Esta proporção variou inversamente em relação à idade materna, anos de escolaridade e renda familiar. Quanto à paridade, a proporção de gravidezes subsqüentes foi maior para primíparas e para multíparas. Mães cujos filhos nasceram através de cesareana também apresentaram menor fecundidade, mesmo após exclusão daquelas que, por ocasião da operação cesárea, sofreram ligadura de trompas. Análise através de regressão logística mostrou que esses fatores permaneceram significativamente associados à fecundidade mesmo após o ajuste estatístico para as demais variáveis. Das mães que engravidaram após 1982, 60% informaram que não a desejaram. A proporção das gravidezes indesejadas foi mais elevada em mulheres de maior paridade, sendo esta tendência mais marcada em mulheres de famílias de alta renda.

Fertilidade; Raridade


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