RESUMO
Os fungos Colletotrichum truncatum e Macrophomina phaseolina estão entre os principais patógenos associados a sementes de feijão-fava no Brasil, sendo os agentes causais da antracnose e da podridão de carvão, respectivamente. Este trabalho teve como objetivo verificar a transmissão semente-plântula de C. truncatum e M. phaseolina em sementes de feijão-fava inoculadas artificialmente. Meios de cultura batata-dextrose-agar (BDA) com diferentes potenciais hídricos foram obtidos após a adição de manitol. Isolados de C. truncatum e M. phaseolina foram repicados para esses meios. Quarenta gramas de sementes foram distribuídas sobre o micélio fúngico, permanecendo por diferentes períodos de exposição, em função do tratamento: T1: 0,0 MPa sem inóculo por 48 h; T2: 0,0 MPa por 48 h; T3: - 0,2 MPa por 48 h; T4: -0,4 MPa por 48 h; T5: -0,6 MPa por 72 h; T6: - 0,8 MPa por 96 h e T7: -1,0 MPa por 120 h. As sementes foram incubadas a 25 ºC, com fotoperíodo de 12 horas. Foram avaliadas a germinação em rolo de papel, a emergência de plântulas em areia e a sanidade de sementes em BDA. O T4 proporcionou melhores condições para impedir temporariamente a germinação das sementes, promovendo maior incidência de sementes infectadas por C. truncatum e maior porcentagem de plântulas doentes. M. phaseolina reduziu a germinação das sementes, independente do tratamento inoculado. Ambos os fungos foram transmitidos das sementes para as plântulas de feijão-fava, causando sintomas em diferentes órgãos aéreos. A taxa de transmissão de C. truncatum e M. phaseolina foi de 83,1% e 76.46%, respectivamente.
Palavras-chave
Germinação; Phaseolus lunatus; sanidade de sementes; transmissão por sementes
