Este artigo trata de problemas na teoria e na prática democráticas. No século XX novas teorias econômicas e sociológicas da racionalidade dominaram a Ciência Social, enfraquecendo os antigos ideais da democracia representativa. Por algum tempo, o paradigma burocrático pareceu oferecer uma solução, mas na década de 1980 a burocracia era criticada como ineficiente e irresponsável. Como se poderia lidar com os problemas resultantes da governança democrática? Atores políticos responderam a essa pergunta aferrando-se ao antigo ideal da democracia representativa apoiada por formas de conhecimento técnico baseadas nas novas teorias da racionalidade. Assim, uma nova governança de mercados e redes difundiu-se pelo mundo. Com isso, os governos representativos ainda lutam para dirigir o processo político, ao mesmo tempo que um conhecimento técnico ilusório entulha a participação democrática. A democracia contemporânea sofre tanto com os limites borrados da accountability quanto com a legitimidade declinante. O artigo conclui sugerindo que a renovação democrática pode depender de estilos mais interpretativos de conhecimento técnico, de formas dialógicas de elaboração de políticas públicas e de diversas vias de participação pública.
This paper addresses problems in the theory and practice of democracy. In the twentieth century new economic and sociological theories of rationality came to dominate social science. These theories undermined old ideals of representative democracy. For a while, the bureaucratic paradigm seemed to offer a solution. But by the 1980s bureaucracy was derided as inefficient and unresponsive. How should we address the resulting problems of democratic governance? Policy actors have responded by clinging to the old ideal of representative democracy buttressed by forms of expertise based on the new theories of rationality. A new governance of markets and networks thus has spread across the world. So, representative governments still struggle to direct the policy process while an illusory expertise crowds out democratic participation. Contemporary democracy suffers from both blurred lines of accountability and declining legitimacy. The paper concludes by suggesting that democratic renewal may depend on more interpretive styles of expertise, dialogic forms of policy making, and diverse avenues for public participation.
Cet article aborde la question des problèmes dans la théorie et pratique démocratiques. Dans le XX siècle, des nouvelles théories économiques et sociologiques de la rationalité ont dominé la Science Sociale, affaiblissant ainsi les anciens idéaux de la démocratie représentative. Pendant un certain temps, le paradigme bureaucratique semblait offrir une solution, mais dans les années 80, la bureaucratie a été critiquée comme étant inefficace et irresponsable. Comment on pourrait faire face aux problèmes résultants de la gouvernance démocratique ? Des acteurs politiques ont répondu à cette question en s'attachant à l'ancien idéal de la démocratie représentative soutenue par des formes de connaissance technique basées sur les nouvelles théories de la rationalité. Ainsi, une nouvelle gouvernance des marchés et réseaux s'est répandue à travers le monde. Avec ça, les gouvernements représentatifs luttent encore pour diriger le processus politique, au même temps qu'une connaissance technique illusoire entrave la participation démocratique. La démocratie contemporaine souffre avec les limites flous de l'accountability, tout comme elle souffre avec la légitimité déclinante. Enfin, l'article suggère que le renouvellement démocratique peut dépendre des styles plus interprétatifs de la connaissance technique, des formes dialogiques d'élaboration de politiques publiques et des nombreuses voies de participation publique.