This article aims to understand the main political technologies of exogenous privatization of higher education, designed in conjunction with the guidelines of international funding bodies, which have contributed to the opening and rise of the academic capitalist regime in countries such as Brazil and Argentina. The methodology used was historical-critical. The investigation was qualitative, bibliographic and documentary. To this end, the first chapter deals with the structural transformations of capitalism that supported the new governance model and, concomitantly, the exogenous privatization process of higher education at a global level. Subsequently, an analysis of higher education reforms, materialized in Brazil and Argentina, especially since the 1980s, is presented, which boosted the fusion between public and private in hybrid forms, institutional differentiation, rationalization/optimization public investments and the capture of new sources of funding by public universities. Finally, we seek to understand how educational policies, implemented in the context of neoliberal reforms, have contributed to the formation of a capitalist knowledge regime, based on the production of raw material knowledge, directly profitable and in symbiosis with the needs of the business market. The results showed that the political technologies of exogenous privatization of higher education have stimulated the expansion of the private/mercantile sector and the redirection of public investments in favor of research to the interests of the industrial/business sector, to the detriment of "open science" (non-mercantile ), favoring the advancement and materialization of academic capitalism in countries such as Brazil and Argentina.
Este artículo tiene como objetivo comprender las principales tecnologías políticas de privatización exógena de la educación superior, diseñadas en conjunto con las directrices de los organismos internacionales de financiación, que han contribuido a la apertura y ascenso del régimen académico capitalista en países como Brasil y Argentina. La metodología utilizada fue histórico-crítica. La investigación fue cualitativa, bibliográfica y documental. Para ello, el primer capítulo aborda las transformaciones estructurales del capitalismo que sustentó el nuevo modelo de gobernanza y, concomitantemente, el proceso exógeno de privatización de la educación superior a nivel global. Posteriormente, se presenta un análisis de las reformas de la educación superior, materializadas en Brasil y Argentina, especialmente a partir de la década de 1980, que impulsaron la fusión entre lo público y lo privado en formas híbridas, la diferenciación institucional, la racionalización/optimización de las inversiones públicas y la captación de nuevas fuentes de financiación de las universidades públicas. Finalmente, buscamos comprender cómo las políticas educativas, implementadas en el contexto de las reformas neoliberales, han contribuido a la formación de un régimen de conocimiento capitalista, basado en la producción de conocimiento materia prima, directamente rentable y en simbiosis con las necesidades del mercado empresarial. Los resultados mostraron que las tecnologías políticas de privatización exógena de la educación superior han estimulado la expansión del sector privado/mercantil y el redireccionamiento de las inversiones públicas en favor de la investigación a los intereses del sector industrial/empresarial, en detrimento de la "ciencia abierta" (no mercantil), favoreciendo el avance y materialización del capitalismo académico en países como Brasil y Argentina.
O presente artigo tem por objetivo compreender as principais tecnologias políticas de privatização exógena da educação superior, projetadas em articulação com as orientações dos organismos internacionais de financiamento, que têm contribuído à abertura e ascensão do regime capitalista acadêmico em países como o Brasil e a Argentina. A metodologia utilizada foi a histórico-crítica. A investigação foi qualitativa, bibliográfica e documental. Para tanto, o primeiro capítulo versa sobre as transformações estruturais do capitalismo que deram sustentação ao novo modelo de governança e, concomitantemente, ao processo de privatização exógena da educação superior em âmbito global. Posteriormente, apresenta-se uma análise das reformas da educação superior, materializadas no Brasil e na Argentina, sobretudo a partir da década de 1980, que impulsionaram a fusão entre o público e o privado em formas híbridas, a diferenciação institucional, a racionalização/otimização dos investimentos públicos e a captação de novas fontes de financiamento pelas universidades públicas. Por fim, busca-se compreender de que forma as políticas educacionais, implementadas no contexto das reformas neoliberais, têm contribuído à formação de um regime capitalista de conhecimento, pautado na produção de conhecimento matéria-prima, diretamente rentável e em simbiose com as necessidades do mercado empresarial. Os resultados apontaram que as tecnologias políticas de privatização exógena da educação superior têm estimulado a expansão do setor privado/mercantil e o redirecionamento dos investimentos públicos em prol de pesquisas aos interesses do setor industrial/empresarial, em detrimento da “ciência aberta” (não mercantil), favorecendo o avanço e a materialização do capitalismo acadêmico em países como o Brasil e a Argentina.