JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Embora a tetralogia de Fallot seja a mais comum das cardiopatias congênitas cianóticas, as publicações nacionais, relacionando essa doença com a prática anestésica são escassas. O objetivo deste relato é apresentar um caso de analgesia de parto em paciente portadora de tetralogia de Fallot não corrigida e diagnosticada durante a gestação. RELATO DO CASO: Paciente com 26 anos, 56 kg, 1,56 m, idade gestacional 32 semanas e 5 dias, com diagnóstico de tetralogia de Fallot realizado durante a gestação. Internou em trabalho de parto. A conduta obstétrica foi a de parto via baixa, sendo realizada analgesia através de bloqueio peridural com bupivacaína a 0,125% e fentanil (100 µg) e colocação de cateter peridural. Após 1h30 minutos do início da analgesia, ocorreu o nascimento. O peso do recém-nascido foi 1485 g e o índice de Apgar 6 e 8 no primeiro e no quinto minutos, respectivamente. A paciente permaneceu estável e sem alterações hemodinâmicas e/ou eletrocardiográficas. CONCLUSÕES: A escolha da técnica anestésica é de fundamental importância no manuseio das pacientes com tetralogia de Fallot não corrigidas. Condições favoráveis do colo e boa dinâmica uterina, particularmente naquelas pacientes sem história de síncope, tornam-se imprescindíveis para uma boa indicação da analgesia de parto.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Although tetralogy of Fallot is the most common cyanotic congenital heart disease, national publications correlating this condition with anesthetic practice are scarce. This report aimed at presenting a case of labor epidural analgesia in a patient with uncorrected tetralogy of Fallot diagnosed during gestation. CASE REPORT: Patient 26 years old, 1.54 m, 56 kg, 32 weeks and 5 days of gestational age, who had been diagnosed with tetralogy of Fallot during gestation. Patient was admitted in labour. After obstetric evaluation and decision for natural birth, epidural analgesia was performed with 0.125% bupivacaine associated to 100µg fentanyl through a catheter. Patient gave birth 1 hour and 30 minutes after the procedure. The newborn weighed 1485 grams and had an Apgar score of 6 and 8 at one and five minutes, respectively. Patient remained stable, with no hemodynamic or ECG changes. CONCLUSIONS: Selecting the appropriate anesthetic technique is extremely important when managing patients with uncorrected tetralogy of Fallot. Favorable uterine dynamics and cervical conditions, particularly in patients with no history of syncope, are critical findings for adequate labour analgesia indication.
JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Aunque la tetralogía de Fallot sea la más común de las cardiopatías congénitas cianóticas, las publicaciones nacionales, relacionando esa enfermedad con la práctica anestésica son escasas. El objetivo de este relato es presentar un caso de analgesia de parto en paciente portadora de tetralogía de Fallot no corregida y diagnosticada durante la gestación. RELATO DEL CASO: Paciente con 26 años, 56 kg, 1,56 m, edad gestacional 32 semanas y 5 días, con diagnóstico de tetralogía de Fallot realizado durante la gestación. Internó en trabajo de parto. La conducta obstétrica fue la de parto vía baja, siendo realizada analgesia de parto a través de bloqueo peridural con bupivacaína a 0,125% y fentanil (100 µg) y colocación de catéter peridural. Después de 1h30 minutos del inicio de la analgesia, ocurrió el nacimiento. El peso del recién nacido fue 1485 g y el índice de Apgar 6 y 8 en el primero y en el quinto minutos, respectivamente. La paciente permaneció estable y sin alteraciones hemodinámicas y/o electrocardiográficas. CONCLUSIONES: La elección de la técnica anestésica es de fundamental importancia en el manoseo de las pacientes con tetralogía de Fallot no corregidas. Condiciones favorables del cuello y buena dinámica uterina, particularmente en aquellas pacientes sin historia de síncope, se vuelven imprescindibles para una buena indicación de la analgesia de parto.