Objetivo: Analisar a influência de dois modelos de organização do atendimento odontológico clínico em indicadores de saúde bucal para as Equipes de Saúde Bucal. Métodos: Dez Unidades de Saúde da Família (USF) localizadas em Piracicaba foram escolhidas aleatoriamente. Cinco Unidades com modelo de demanda espontânea e 5 Unidades com modelo de demanda organizada em Saúde Bucal. Dados secundários da produção odontológica ambulatorial foram coletados a partir do sistema de informação, de fevereiro a setembro de 2013. Depois foram organizados em indicadores: a) acesso; b) resolutividade; c) razão de urgência odontológica; d) procedimentos clínicos individuais preventivos e curativos e) razão de exodontias por procedimentos clínicos individuais preventivos e curativos f) razão de exodontias por habitante g) média de escovação dental supervisionada. Os dados foram comparados e analisados estatisticamente através do BioStat 5.0 através da aplicação do teste t de Student (p ≤0,05). Resultados: Houve diferenças significativas nos indicadores de razão de urgências, razão de exodontia por procedimentos clínicos e razão de exodontias por habitante, sendo estes valores maiores no modelo da demanda espontânea. Conclusão: O modelo de organização da demanda odontológica adotado pelas Equipes de Saúde Bucal interfere na procura de urgências odontológicas e razão de exodontias.

Objective: Assess the oral health indicators in the Family Health Units (Unidades de Saúde da Família - USFs) with scheduled demand in comparison with Family Health Units with spontaneous demand in oral health care, in Piracicaba. Methods: 10 Family Health Units located in Piracicaba, were randomly chosen: 5 Units with spontaneous demand and 5 Units with scheduled demand. Secondary data in daily production spreadsheets were collected from the information system, from February to September 2013. These were organized into indicators: 1) access; 2) resolutivity; 3) ratio of dental emergency per inhabitant; 4) mean number of individual preventive and curative dental procedures; 5) ratio of dental extraction per dental procedure; 6) ratio of dental extraction per inhabitant; 7) mean number of supervised toothbrushing sessions. Data were compared and statistically analyzed with the BioStat 5.0 program, by applying the Student's-t test (p ≤ 0.05). Results: There were significant differences in the indicators of dental emergency, dental extraction per clinical procedure, and dental extractions per inhabitant, and these values were higher in Family Health Units with spontaneous demand. Conclusion: The model of scheduling the demand for dental care adopted by the USFs interferes in the number of users seeking dental emergency treatments and reasons for extractions.