Resumo Entre os anos de 1960 e 2015, Nize Izabel de Moraes, historiadora paulista, viveu em Dacar (Senegal) e trabalhou como pesquisadora do Institut Fondamental d’Afrique Noire (IFAN), na atual Université Cheikh Anta Diop. Explorando seu arquivo privado e outros registros entre Brasil e Senegal, com destaque para seus diários, correspondências e anotações sobre suas pesquisas e viagens entre África e Europa, o objetivo deste artigo é a análise de sua trajetória acadêmica, bem como o impacto de sua produção para a historiografia da Senegâmbia, área em que se destacou como pesquisadora pioneira. Nesse percurso, pontuamos os silêncios em torno de sua vida e obra, bem como questionamos sua experiência como “intelectual negra” em redes nacionais e internacionais de diálogos, marcadas pelas intercessões de gênero, raça e nacionalidade.
Abstract Between 1960 and 2015, Nize Izabel de Moraes, a historian from São Paulo, lived in Dakar (Senegal) and worked as a researcher at the Institut Fondamental d’Afrique Noir (IFAN), at the current Université Cheikh Anta Diop. Exploring her private archive and other records in Brazil and Senegal, with emphasis on her diaries, correspondence and notes on her research and travels between Africa and Europe, the purpose of this article is to analyze her academic trajectory, as well as the impact of her production for the historiography of Senegambia, an area in which she stood out as a pioneering researcher. In this journey, we will point out the silences surrounding her life and work, as well as question her experience as a “black intellectual” in national and international networks of dialogues, marked by the intercessions of gender, race and nationality.
Resumen Entre los años 1960 y 2015, Nize Izabel de Moraes, historiadora paulista, vivió en Dakar (Senegal) y trabajó como investigadora en el Institut Fondamental d’Afrique Noire (IFAN), en la actual Universidad Cheikh Anta Diop. Explorando su archivo privado y otros registros entre Brasil y Senegal, con énfasis en sus diarios, correspondencia y notas sobre sus investigaciones y sus viajes entre África y Europa, el objetivo de este artículo es el análisis de su trayectoria académica, así como el impacto de su producción para la historiografía de Senegambia, área en la que se destacó como investigadora pionera. En este recorrido, puntuamos los silencios en torno a su vida y obra, además de cuestionar su experiencia como “intelectual negra”, en redes de diálogos nacionales e internacionales, marcadas por las intercesiones de género, raza y nacionalidad.