Resumen: El conocimiento de las floraciones es útil para predecir el comportamiento de las colonias de Apis mellifera (abeja de la miel). El objetivo fue determinar las características florísticas desde el punto de vista apícola de un bosque serrano en Uruguay. Realizamos ocho visitas en tres sitios aledaños a la colmena: a 10-20 m, 500 m y 1500 m de distancia. En la primera visita determinamos especies, familias, origen (nativo o exótico) y frecuencia de cada taxón. En visitas posteriores, censamos cuáles estaban florecidas (presencia o ausencia). Asignamos a cada especie un valor de uno a cinco para la abundancia (A) y la duración de la floración (P), durante dos años. Utilizamos el índice de Shannon para medir la diversidad florística. Se utilizó un modelo lineal generalizado para analizar la floración a través de las variables respuesta: presencia de floración en invierno, primavera, verano y otoño, así como duración de la floración. Calculamos un índice de Shannon de 3,6, lo que indica una alta biodiversidad. Luego correlacionamos los hallazgos de la prospección con datos de la literatura sobre la ocurrencia de cada especie en estudios melisopalinológicos en mieles maduras e inmaduras. Por último, definimos el término flora convertible para identificar los recursos florales cuyo polen se almacena cuando no hay ninguna flora disponible. Estas fueron Lithraea brasiliensis, Baccharis articulata, Baccharis trimera, Blepharocalyx salicifolius, Eugenia uniflora, Colletia Paradoxa, Oxalis sp., Scutia buxifolia, Jodina rhombifolia, Aloysia gratissima, para las temporadas de primavera y otoño (P<0.05). El término flora de soporte (P<0.05) lo definimos para clasificar aquellos recursos que se encuentran en la miel inmadura y están casi ausentes en la miel madura, y se utilizan como nutrientes durante la expansión de la colonia: Schinus engleri, Maytenus ilicifolia, Eryngium pandanifolium, Baccharis punctulata, Abutilon pauciflorum, Daphnopsis racemosa, Allophylus edulis y Celtis tala. Esta clasificación de la flora permite planificar los desarrollos y rendimientos de la miel esperados de una región, y establecer paquetes tecnológicos útiles y eficientes de cosechas de miel.

Abstract: Knowing the blooms is useful to predict the behavior of Apis mellifera (honeybee) colonies. The objective was to determine the floristic characteristics of a mountain forest in Uruguay from the beekeeping point of view. We made eight visits in every three sites surrounding the apiary, at 10-20 m, 500 m and 1500 m distance. The first visit determined the species, families, origin (native or exotic), and frequency of each taxon. In subsequent visits, we censed which ones remained in bloom (presence or absence). We assigned each species a value of one to five for abundance (A) and the duration of flowering (P), during two years. Using the Shannon Index the floristic diversity was established. A generalized linear model was employed to analyze flowering through the response variables: presence of flowering in winter, spring, summer and autumn, as well as flowering duration. We calculated a Shannon Index of 3.6, indicating high biodiversity. Then we correlated the findings of the survey and literature reports on the occurrence of each species in melissopalynological studies in mature and immature honey. The expression “Convertible Flora” was coined to identify the floral resources whose pollen is stored when no flower is available. These were Lithraea brasiliensis, Baccharis articulata, Baccharis trimera, Blepharocalyx salicifolius, Eugenia uniflora, Colletia Paradoxa, Oxalis sp., Scutia buxifolia, Jodina rhombifolia, Aloysia gratissima for the spring and autumn seasons (P <0.05). The expression “Support Flora” (P <0.05) is used to classify those resources that are found in immature honey and are almost absent in mature honey, and are used as nutrients during the colony expansion: Schinus engleri, Maytenus ilicifolia, Eryngium pandanifolium, Baccharis punctulata, Abutilon pauciflorum, Daphnopsis racemosa, Allophylus edulis, and Celtis tala. This flora classification allows planning the expected developments and yields of honey from a region to establish technological useful and efficient packages of honey harvests.

Resumo: O conhecimento das flores é útil para prever o comportamento de colônias de Apis mellifera (abelha do mel). O objetivo foi determinar as características florísticas de uma floresta montanhosa no Uruguai do ponto de vista apícola. Fizemos oito visitas em três locais no entorno do apiário: a 10-20m, 500m e 1500m de distância dele. A primeira visita determinou as espécies, famílias, origem (nativa ou exótica) e frequência de cada táxon. Nas visitas subsequentes, censuramos quais permaneceram em flor (presença ou ausência). Atribuímos a cada espécie um valor de um a cinco para abundância (A) e duração da floração (P), durante dois anos. Usando o Índice de Shannon, a diversidade florística foi estabelecida. Um modelo linear generalizado foi empregado para analisar a floração através das variáveis resposta: presença de floração no inverno, primavera, verão e outono, bem como a duração da floração. Calculamos um Índice de Shannon de 3,6, indicando alta biodiversidade. Após correlacionar os achados do levantamento e relatos da literatura sobre a ocorrência de cada espécie em estudos melisopalinológicos em mel maduro e imaturo. O termo “Flora Conversível” foi cunhado para identificar os recursos florais cujo pólen é armazenado quando nenhuma flor está disponível. Estes foram Lithraea brasiliensis, Baccharis articulata, Baccharis trimera, Blepharocalyx salicifolius, Eugenia uniflora, Colletia Paradoxa, Oxalis sp., Scutia buxifolia, Jodina rhombifolia, Aloysia gratissima para as estações de primavera e outono (P <0,05). O termo “Flora de Apoio” (P <0,05) é usado para classificar os recursos encontrados no mel imaturo e quase ausentes no mel maduro e são usados como nutrientes durante a expansão da colônia: Schinus engleri, Maytenus ilicifolia, Eryngium pandanifolium, Baccharis punctulata, Abutilon pauciflorum, Daphnopsis racemosa, Allophylus edulis and Celtis tala. Esta classificação da flora permite planejar os desenvolvimentos e rendimentos esperados do mel de uma região para estabelecer embalagens tecnológicas úteis e eficientes de colheita de mel.

Frações de hidrocarbonetos das ceras de espécies nativas de Butia e Syagrus coletadas de palmeiras em diferentes regiões do Rio Grande do Sul (Brasil) e em Rocha (Uruguai) foram analisadas para avaliar o seu potencial como marcadores quiomiotaxonômicos. As ceras foram extraídas com clorofórmio e fracionadas por TLC preparativo. As frações de hidrocarbonetos foram analisadas por CG-EM. As análises estatísticas foram realizadas com auxílio do programa Statistica 5.0. O rendimento total de cera das folhas secas foi de 0,31% g.g-1 para as amostras de Butia e de 0,28% para Syagrus. Os hidrocarbonetos lineares representaram em média 15 e 13% do total das ceras para Butia e Syagrus, respectivamente. Hentriacontano e triacontano foram os compostos majoritários em todas as amostras. A comparação de médias mostrou diferenças significativas entre as amostras de Butia e Syagrus e entre as amostras de Butia coletadas em diferentes localidades. As amostras de Syagrus não formaram agrupamentos relacionados com os locais de coleta. Já no caso de Butia, três agrupamentos puderam ser observados e são consistentes com a distribuição geográfica desta espécie. Estes resultados são discutidos no trabalho.

The wax hydrocarbon fractions of native Butia and Syagrus species collected from Palms in different regions of the of Rio Grande do Sul state (Brazil) and in Rocha (Uruguay) were analyzed to evaluate their potential as chemotaxonomic markers. The wax was extracted with chloroform and the resulting wax was fractionated by preparative TLC. The hydrocarbon fractions were analyzed by GC-MS. Statistical analyses were completed with the Statistica 5.0 program. The total crude wax yields averaged 0.31% w.w-1 dried leaves for Butia samples and 0.28% for Syagrus samples. The linear hydrocarbons represented on average 15% of the total waxes in the case of Butia samples and 13.7% in Syagrus samples. Hentriacontane and triacontane were the main components of all samples. The comparison of the means showed significant differences among Butia and Syagrus samples, and amongst Butia samples collected in different localities. In the case of the Syagrus collections no consistent groupings could be made. In the case of Butia samples the formation of three groupings could be observed, which were consistent with the species described for their geographical distribution. These results are discussed in the paper.