Em triatomíneos, assim como em outros insetos, o acúmulo de vitelo é um processo no qual um tecido extraovariano, o corpo gorduroso, produz proteínas que são empacotadas no interior de um ovo. A principal proteína, sintetizada pelo corpo gorduroso, que é acumulada no interior de um ovócito, é a vitelogenina. Este processo é também conhecido por vitelogênese. Existem crescentes evidências em triatomíneos, que além do corpo gorduroso, o ovário também produz proteínas de vitelo. A forma como estas proteínas de vitelo entram nos ovócitos será aqui comentada. O vitelo é um material complexo composto por proteínas, lipídeos, carboidratos e outros compostos minoritários que são empacotados de uma maneira organizada no interior dos ovócitos. A fertilização dispara a embriogênese, um processo que culmina com o desenvolvimento do embrião. Durante a embriogênese o vitelo será utilizado para a construção de um novo indivíduo, a ninfa de primeiro estádio. O desafio para a próxima década é entender onde e como estas proteínas de vitelo são utilizadas junto com os seus componentes não protéicos, em compasso com o programa genético do embrião, que comanda a diferenciação celular (fase inicial da embriogênese) e diferenciação do embrião (fase final da embriogênese) no interior do ovo.

In triatomines, as well as in other insects, accumulation of yolk is a process in which an extra-ovarian tissue, the fat body, produces yolk proteins that are packed in the egg. The main protein, synthesized by the fat body, which is accumulated inside the oocyte, is vitellogenin. This process is also known as vitellogenesis. There are growing evidences in triatomines that besides fat body the ovary also produces yolk proteins. The way these yolk proteins enter the oocyte will be discussed. Yolk is a complex material composed of proteins, lipids, carbohydrates and other minor components which are packed inside the oocyte in an organized manner. Fertilization triggers embryogenesis, a process where an embryo will develop. During embryogenesis the yolk will be used for the construction of a new individual, the first instar nymph. The challenge for the next decade is to understand how and where these egg proteins are used up together with their non-protein components, in pace with the genetic program of the embryo, which enables cell differentiation (early phase of embryogenesis) and embryo differentiation (late phase) inside the egg.