O presente trabalho avalia aspectos de ordem social, econômica e ambiental advindos das práticas dos agricultores familiares da APROFAM (Associação dos Produtores e Produtoras Agroecológicas de Mossoró), que comercializam semanalmente sua produção na Feira Agroecológica, de modo a analisar como proporcionam o desenvolvimento sustentável da agricultura de base familiar. Para tanto, foram realizadas entrevistas dialogadas com seis desses produtores. Os dados foram obtidos através de visita in loco, registro fotográfico e levantamento de dados qualitativos e quantitativos no período de janeiro a março de 2012. A criação da Feira possibilitou o acesso ao mercado local, organização por parte dos produtores para adquirir a certificação participativa, produção mais diversificada, aumento na renda familiar, colaborando com a permanência das famílias no campo. Observou-se, ainda, que existem desafios a serem superados, pois 75% dos entrevistados não conseguem contabilizar seus custos de produção, nem mensurar as quantidades comercializadas. Ainda, existe insuficiência de assessoria técnica, disponibilidade hídrica, entre outros, que impossibilitam o fortalecimento dessa forma de organização social.
This paper aimed at the evaluation of social, economic and environmental features arising from practices by APROFAM (Mossoró Agroecological Producers Association) family farmers, who commercialize their production at the Agroecological Fair, intending to analyze whether or not such practices provide sustainable development of family-based agriculture. Aiming at this, dialogue interviews were conducted with six producers involved in APROFAM who commercialize their production on weekly basis. Data were obtained through in loco visits, photographs and qualitative-quantitative data collection between January and March 2012. Despite the creation of the fair having granted market access and enabled producers' self-organization to acquire participative certification, more diversified production and an increase in family income, therefore promoting the permanence of the families in the countryside, challenges to be overcome could be noticed, as 75% of interviewed subjects aren't able to account their production costs or measure the commercialized quantities. There still are insufficiencies in technical advice and hydric availability, among other issues, which preclude strengthening of this social organization mode.
Este trabajo propuso evaluar aspectos de orden social, económico y ambiental derivados de las prácticas de los agricultores familiares de la APROFAM (Asociación de los Productores y Productoras Agroecológicas de Mossoró), que comercializan su producción en la Feria Agroecológica, con el fin de analizar si dichas prácticas proporcionan el desarrollo sostenible de la agricultura de base familiar. Con ese objetivo, se realizaron entrevistas dialogadas con seis productores que participan en la APROFAM y que comercializan semanalmente su producción. Los datos fueron obtenidos a través de visita in loco, registro fotográfico y recolección de datos cuali-cuantitativos en el periodo de enero a marzo de 2012. A pesar de que la creación de la feria posibilitó el acceso al mercado local, la organización por parte de los productores para adquirir la certificación participativa, una producción más diversificada y un aumento en la renta familiar, factores que ayudaron a la permanencia de las familias en el campo, se observó que existen desafíos aún sin superar, dado que el 75% de los entrevistados no consigue contabilizar sus costes de producción ni medir las cantidades comercializadas. Existen todavía insuficiencias de asesoramiento técnico y de disponibilidad hídrica, entre otras, que imposibilitan el fortalecimiento de esta forma de organización social.