RESUMEN: Después de diez años de estudios sobre democracia subnacional, ¿qué hemos aprendido sobre el fenómeno de la disparidad democrática territorial? Este artículo busca contribuir a los debates sobre la democratización subnacional en dos aspectos: por medio de una propuesta conceptual para entender la variación democrática territorial, y a través del desarrollo de un marco analítico que identifica tres vías hacia la democratización subnacional. El artículo introduce el concepto estructuras y prácticas iliberales subnacionales y lo diferencia de las prácticas antidemocráticas. Asimismo, brinda ejemplos de la literatura sobre la disparidad democrática territorial para ilustrar los argumentos teóricos.

ABSTRACT: What is that we have learned after ten years of the territorial democratic disparity phenomena? This article seeks to contribute upon the sub-national democratization debates in two aspects: using a conceptual proposal to understand the territorial democratic variation and through a development of an analytic framework identifying three paths toward subnational democratization. This article introduces the non-liberal sub-national structural practices concept, and makes it different to the anti-democratic practices. It also provides examples upon the territorial democratic disparity to illustrate theory arguments.

RESUMO: Depois de dez anos de estudos sobre democracia subnacional, o que aprendemos sobre o fenômeno da desigualdade democrática territorial? Este artigo procura contribuir para os debates sobre a democratização subnacional em dois aspectos: por meio de uma proposta conceitual para entender a variação democrática territorial e por meio do desenvolvimento de um referencial analítico que identifica três vias para a democratização subnacional. O artigo introduz o conceito estruturas e práticas iliberais subnacionais e o diferencia das práticas antidemocráticas. Além disso, oferece exemplos da literatura sobre a desigualdade democrática territorial para ilustrar os argumentos teóricos.

Mechanical metaphors have colonized the social sciences, including the study of democratization processes. But they may provide a misleading framework for monitoring ongoing "self-equilibrating" social processes with no natural "end-state" such as democratization. I propose that modern biology can be consulted as an alternative source of analogical reasoning, offering a more flexible and appropriate stock of metaphors that can enliven analogical accounts of processes of democratization. The shift towards modeling democracy as a living practice permanently directed towards self-preservation and propagation provides a clearer rationale for comparative studies, focusing on the relative "quality" of democracy in different contexts. I begin with a brief sketch of the historical instability and current contestability of most democratization processes; I then examine the morphology of complex political concepts and propose alternative biological analogies to replace the currently prevalent physicalist imagery.

Las metáforas mecánicas han colonizado las ciencias sociales, incluyendo el estudio de los procesos de democratización. Pero es posible que nos estén brindando un marco conceptual engañoso para evaluar los procesos sociales "autoequilibrantes" en curso que no tienen un "estadio final" natural, como es el caso de la democratización. Propongo, en cambio, indagar en la biología moderna como fuente alternativa de razonamiento por analogía, ya que ésta ofrece un repertorio de metáforas más flexibles y apropiadas que pueden reanimar las explicaciones por analogía de los procesos de democratización. El giro que implicaría modelar la democracia como una práctica viviente permanentemente dirigida hacia la autopreservación y propagación brinda una lógica más clara para los estudios comparativos al centrarse en la "calidad" relativa de la democracia en distintos contextos. Comienzo con una breve reseña de la inestabilidad histórica y de la actual naturaleza disputada de la mayoría de los procesos de democratización; luego, examino la morfología de los conceptos políticos complejos y propongo analogías biológicas alternativas para reemplazar las metáforas físicas que predominan actualmente.

RESUMO Todas as atividades públicas são, em certa medida, políticas, e todas exigem certas habilidades especializadas, que podem ser chamadas de “conhecimentos”. Mas, com o tempo e o espaço, o domínio especificamente “político” pode se expandir ou contrair. Da mesma forma, o que conta como especialização e quanta autonomia será concedida também varia ao longo do tempo e do espaço. Equitação, alfabetização, oratória, exegese textual e uma compreensão dos derivativos financeiros globais foram considerados como a marca do especialista moderno em um cenário ou outro. A relação entre o político “generalista” e o especialista “expert” é um dos temas mais antigos e recorrentes na ciência política. Regra eficaz e durável requer o alistamento de uma série de competências, mas o governo não é redutível à técnica. Como então os governantes devem ser guiados por seus conselheiros sem serem usurpados por eles?

ABSTRACT All public activities are in some broad measure political, and all require certain specialised skills, which may be termed “expertise”. But over time and space the realm of the specifically “political” may either expand or contract. Equally, what counts as expertise, and how much autonomy it will be granted, also varies over time and space. Horsemanship, literacy, oratory, textual exegesis, and an understanding of global financial derivatives have each been regarded as the hallmark of the modern expert in one setting or another. The relationship between the “generalist” politician and the “specialist” expert is one of the most ancient and recurring themes in political science. Effective and durable rule requires the enlistment of a range of competences, yet government is not reducible to technique. How then are the rulers to be guided by their advisers without being usurped by them?

Depois de contrastar o caráter universal e inclusivo das noções democráticas de cidadania política (dentro de uma certa jurisdição) com o caráter exclusivo que necessariamente marca a sociedade civil, o artigo sustenta que os interstícios entre aquelas duas formas favorecerão a produção de múltiplas variantes de "incivilidade". A categoria dos cidadãos "incivis" é definida como a daqueles que gozam de direitos políticos mas não são constrangidos pelas normas da sociedade civil: indivíduos e grupos anti-sociais cuja forma mais comum é encontrada no termo "máfia". O artigo enfoca, então, o fato de que o maior risco para a sociedade civil não se origina do estatismo invasivo ou da tradição, mas da "falta de segurança, da rudeza, da arbitrariedade e até mesmo do canibalismo social" que se tem associado com parte significativa das sociedades liberalizadas depois de processos de transição.

After contrasting the inclusive, universal character of democratic notions of political citizenship (within the relevant jurisdiction) with the exclusivity that necessarily marks civil society the essay argues that the interstices between these two forms will favour the production of multiple variants of "incivility". The category of "uncivil citizens" is defined as those who enjoy political rights but are not constrained by the norms of the civil society: anti-social individuals and groups whose recognizable shorthand can be found in the term "mafia". The essay then focuses on whether the greatest threat to civil society may come neither from intrusive statism nor from unthinking tradition, but from the "insecurity, rootlessness, arbitrariness, and perhaps even the social cannibalism" that have come to be associated with many post-transition liberalized societies.

Après avoir établi l'opposition entre le caractère universel et inclusif des notions démocratiques de citoyenneté politique (à l'intérieur d'une certaine juridiction) et le caractère exclusif qui marque nécessairement la société civile, l'article soutient que les interstices entre ces deux formes favoriseront la production de multiples variantes d'"incivilité". La catégorie des citoyens "incivils" est définie comme étant celle de ceux qui jouissent de droits politiques mais ne sont pas contraints par les normes de la société civile: les individus et les groupes antisociaux dont la forme la plus commune est celle que l'on rencontre dans l'expression "mafia". L'article focalise donc le fait que le plus grand risque pour la société civile n'a pas son origine dans l'étatisme envahissant ou dans les traditions auxquelles l'on ne pensait plus, mais dans le "manque de sécurité, dans la rudesse, dans l'arbitraire et même dans le cannibalisme social" qui s'est associé à une partie significative des sociétés libéralisées à la suite de processus de transition.