O percevejo-do-colmo, Tibraca limbativentris Stal, é um dos insetos mais prejudiciais à cultura do arroz no Brasil. Este trabalho avaliou a ocorrência de parasitóides em ovos de T. limbativentris no Maranhão. Os ovos coletados apresentaram em média um parasitismo de 32%. Os parasitóides identificados foram Telenomus podisi (Ashmead), Trissolcus urichi (Crawford) (Hymenoptera: Scelionidae) e Oencyrtus submetallicus (Howard) (Hymenoptera: Encyrtidae).

The rice stem bug, Tibraca limbativentris Stal, is an important pest of rice in Brazil. This work evaluated the occurrence of parasitoids in eggs of T.limbativentris egg parasitism in rice crops in the Maranhão State. The eggs collected exhibited an average parasitism of 32%. The parasitoids collected were Telenomus podisi (Ashmead), Trissolcus urichi (Crawford) (Hymenoptera: Scelionidae) and Oencyrtus submetallicus (Howard) (Hymenoptera: Encyrtidae).

Uma técnica para produzir lagartas Elasmopalpus lignosellus (Zeller), no laboratório, infestar plantas em campo e avaliar tratamentos foi descrita e testada em arroz. A ação de inseticidas para tratamento de sementes no controle da lagarta elasmo, utilizando infestação artificial e natural, também foi avaliada em experimentos de três datas de plantios. O delineamento experimental foi quadrado latino 6x6. A unidade experimental era formada de sete fileiras de arroz de 4 m de comprimento, espaçadas de 0,4 m. Os tratamentos consistiram dos seguintes inseticidas e doses: tiametoxam (52,5; 70 e 105 g i.a./100 kg sementes), furatiocarbe (320 g i.a./100kg sementes), carbofuram (525 g i.a./100 kg sementes) e testemunha não tratada. Infestações artificiais foram realizadas em dois grupos de três colmos, selecionados nas fileiras bordadura das parcelas e confinados em cilindros de PVC, em três datas de cada plantio. Colmos de cada cilindro foram infestados com três lagartas de E. lignosellus com sete dias de idade. Imediatamente após as infestações, os cilindros contendo três colmos de arroz foram protegidos do efeito das chuvas sobre as lagartas. Os danos foram avaliados 20 dias após as infestações. Infestações artificiais usadas neste estudo aumentaram o dano em 32 vezes, em relação à infestação natural das testemunhas. Inseticidas reduziram significativamente a sobrevivência de larvas até 60 dias após o plantio, comparados com a testemunha.

A technique for rearing Elasmopalpus lignosellus (Zeller),larvae in laboratory, infesting plants in the field and evaluating treatments was described and tested in rice. In addition, the performance of insecticides as seed treatments to control larvae, under artificial and natural infestations, was evaluated on three planting dates. The experimental design was a Latin 6x6 square and the experimental unit consisted of seven 4 m long rows and 0.4 m spacing between rows. Treatments consisted of the following insecticides and doses: thiamethoxam (52.5, 70, and 105 g a.i./100 kg seeds), furathiocarb (320 g a.i./100kg seeds), carbofuran (525 g a.i./100kg seeds), and an untreated control. Artificial infestations were made, in two groups of three selected tillers at the border rows in each plot and confined in PVC cylinders on three dates of each planting. Tillers were infested with three 7-day old E. lignosellus larvae. Immediately after infestation, cylinders containing three rice tillers were protected to avoid the effect of rain on the larvae. Damage was evaluated 20 days after the infestations. Artificial infestations increased the damage 32 fold, in relation to natural infestations in the untreated control. Insecticides reduced larval survival significantly for 60 days after planting compared to the untreated control.

O consumo foliar de mandioca (Manihot esculenta Crantz) e a caracterização da injúria potencial por Erinnyis ello L. foram determinados em quatro variedades de mandioca. Lagartas de primeiro ínstar foram criadas individualmente em folhas de quatro variedades de mandioca. Foi usado o delineamento experimental de blocos ao acaso com nove repetições. Folhas frescas com áreas previamente determinadas foram fornecidas às larvas diariamente. O consumo foliar em cada ínstar e o peso das lagartas e pupas foram registrados. Não houve diferença significativa no consumo foliar nas quatro variedades (P=0,82). O total de área foliar consumida (cm²) para as variedades testadas foi: 1030,5 (Fio de Ouro), 971,5 (Aipim Bravo), 968,6 (Urubu), 956,1 (Jaburu), sendo de 981,7 o consumo médio das quatro variedades. Aproximadamente 94% do consumo ocorreu durante os dois últimos ínstares. Variedades não afetaram o desenvolvimento larval (P=0,96). Os pesos médios de lagartas (g) em cada variedade foram: 4,9 (Jaburu), 4,8 (Fio de Ouro), 4,7 (Urubu), 4,6 (Aipim Bravo) e 4,8 (média das quatro variedades). Dois modelos, um relacionando a área foliar consumida e desenvolvimento larval (y=ab x<IMG SRC="http:/img/fbpe/ne/v31n3/a12img01.gif"> )e outro do crescimento larval (y=5/1+e a+bx), foram estabelecidos. Os dados obtidos indicam que as variedades testadas neste estudo foram nutricionalmente semelhantes para o desenvolvimento de E. ello. Como o consumo foliar de E. ello foi semelhante para todas as variedades, a mesma taxa de consumo pode ser usada para o cálculo dos níveis de dano econômico para manejar E. ello nessas variedades.

A laboratory experiment to determine the consumption rates of cassava (Manihot esculenta Crantz) and characterize the injury potential by Erinnyis ello L. was conducted. First instar larvae were individually reared on excised cassava leaves of four varieties. A randomized block design with nine replications was used. Fresh leaves were provided to the larvae daily. Leaf area was determined for each leaf before the leaves were provided to the larvae. Foliage consumption per instar, developmental time and weight of larvae and pupae were recorded. There were no significant differences in the larval consumption on the four varieties (P=0.82). Total leaf area consumption (square cm) for the varieties were: 1030.5 (Fio de Ouro), 971.5 (Aipim Bravo), 968.6 (Urubu), 956.1 (Jaburu) and across varieties was 981.6. About 94% of the feeding occurred during the last two larval instars. Varieties also had no effect on larval development (P=0.96). Mean larval weight (g) were: 4.9 (Jaburu), 4.8 (Fio de Ouro), 4.7 (Urubu), 4.6 (Aipim Bravo), and across varieties was 4.8. Two models, one relating larval leaf-feeding and larval development (y = ab x<IMG SRC="http:/img/fbpe/ne/v31n3/a12img01.gif"> ) and another for larval growing (y=5/1+e a+bx), were established. These data indicate that the varieties tested in this study were equally suitable for E. ello development. In addition, because the consumption rates of E. ello are the same across varieties, a single value can be used in determining economic injury levels to manage E. ello on these varieties.