O valor energético dos alimentos, bem como os requerimentos em energia para cães e gatos são expressos em termos de energia metabolizável (EM). A determinação do conteúdo de EM dos alimentos requer ensaios com animais e apresentam alto custo. Consequentemente, diferentes métodos indiretos tem sido propostos para estimar o conteúdo de EM dos alimentos PET. Este artigo analisa os principais métodos propostos para estimar o conteúdo de EM dos alimentos para cães e gatos. O método formal proposto pelo NRC estima o conteúdo de EM dos alimentos pet a partir da análise proximal usando fatores Atwater, assumindo coeficiente de digestibilidade aparente constante para cada fração analizada. Os fatores "Atwater" modificados, sistematicamente, subestimam o conteúdo de EM de alimentos com baixa fibra e superestimam para os alimentos com alto conteúdo de fibra. Recentemente, diferentes equações tem sido propostas para cães e gatos, baseadas na estimação da digestibilidade aparente da energia pelo conteúdo de fibra bruta, as quais melhoram a precisão da predição. Em todo caso, qualquer que seja o método de análise usado, diferenças relatadas na digestibilidade da energia e digestibilidade da fibra com alimentos processados dificilmente são explicadas. Um método enzimático in vitro simples tem sido proposto recentemente, baseado na relação que existe entre digestibilidade de energia e o desaparecimento da matéria orgânica de amostras de alimentos após duas incubações enzimáticas consecutivas ( pepsina- pancreatina). A composição em nutrientes e o valor energético de alimentos pet podem ser, simultaneamente, e de forma precisa, preditos, usando espectroscopia de refletância infra vermelho (NIRS).

The energy value of foods as well as energy requirements of dogs and cats is currently expressed in terms of metabolizable energy (ME). The determination of ME content of foods requires experimental animals and is too expensive and time consuming to be used routinely. Consequently, different indirect methods have been proposed in order to estimate as reliably an accurately as possible the ME content of pet food. This work analyses the main approaches proposed to date to estimate the ME content of foods for cats and dogs. The former method proposed by the NRC estimates the ME content of pet foods from proximal chemical analysis using the modified Atwater factors, assuming constant apparent digestibility coefficients for each analytical fraction. Modified Atwater factors systematically underestimate the ME content of low-fibre foods whereas they overestimate those that are high in fibre. Recently, different equations have been proposed for dogs and cats based in the estimation of apparent digestibility of energy by the crude fibre content, which improve the accuracy of prediction. In any case, whatever the method of analysis used, differences in energy digestibility related with food processing and fibre digestibility are unlikely to be accounted for. A simple in vitro enzymatic method has been recently proposed based in the close relationship that exist between energy digestibility and organic matter disappearance after two consecutive enzymatic (pepsin-pancreatin) incubation of food sample. Nutrient composition and energy value of pet foods can be also accurately and simultaneously predicted using near infrared reflectance spectroscopy (NIRS).