O objetivo deste estudo foi avaliar se a inclinação da cabeça para cima ou para baixo interfere na determinação do estágio de crescimento por meio do Índice de maturação das vértebras cervicais (IMVC), verificando a acurácia deste método de diagnóstico, quando as radiografias são tomadas com erros. Quarenta e nove pacientes, 26 do gênero feminino e 23 do masculino, entre 9 e 15 anos de idade, foram submetidos a 3 telerradiografias em norma lateral: posição natural de cabeça (PNC), cabeça inclinada 15° para cima (PNC-alta), e 15° para baixo (PNC-baixa). Três examinadores avaliaram o IMVC nas 147 telerradiografias. A concordância entre os examinadores foi alta na avaliação das telerradiografias obtidas em PNC. O teste Kappa revelou concordância moderada a substancial entre PNC e PNC-alta e entre PNC e PNC-baixa. Houve concordância significante entre PNC-alta e PNC-baixa. Pode-se concluir que a avaliação do IMVC em telerradiografias obtidas em PNC difere em comparação com as radiografias tomadas com inclinações. Tanto PNC-alta quanto PNC-baixa demonstraram maior discordância na interpretação entre os examinadores, uma vez que o método de avaliação não foi preconizado para telerradiografias com erros de posicionamento.

The aim of this study was to evaluate if upward or downward head inclination might interfere with determination of the growth stage, using cervical vertebrae maturation index (CVMI), in order to verify the accuracy of such diagnosis when radiographs are taken with errors. Forty-nine patients, 26 females and 23 males, aged 9 to 15 years, were submitted to 3 lateral cephalograms: normal (NHP), with 15° upward head inclination (NHP-Up), and with 15° downward head inclination (NHP-Down). Three examiners evaluated the CVMI on the 147 cephalograms. The agreement among examiners was higher in the evaluation of cephalograms taken in NHP. The weighted Kappa test revealed moderate to substantial agreement between NHP and NHP-Up and between NHP and NHP-Down. There was greater agreement between NHP-Up and NHP-Down. It may be concluded that the evaluation of the CVMI on cephalograms in NHP is different as compared with radiographs taken with inclinations. Both NHP-Up and NHP-Down exhibited greater disagreement in the interpretation among examiners, since the evaluation method was not designed for cephalograms with positioning errors.

INTRODUÇÃO: nesse estudo cefalométrico retrospectivo, analisou-se a influência da anquilose intencional de caninos decíduos em pacientes com má oclusão de Classe III e mordida cruzada anterior, nos estágios de dentição decídua e mista precoce, tratados com expansão ortopédica da maxila, seguida de tração reversa. MÉTODOS: foram utilizadas telerradiografias em norma lateral de 40 pacientes, divididos em 2 grupos pareados por idade e sexo. O Grupo Anquilose foi constituído de 20 pacientes (10 meninos e 10 meninas) tratados com anquilose induzida e que apresentavam as idades médias inicial e final, respectivamente, de 7a 4m e 8a 3m, e o tempo médio de tração reversa de 11 meses. O Grupo Controle, composto de 20 pacientes (10 meninos e 10 meninas) tratados sem anquilose induzida e que apresentavam as idades médias inicial de 7a 8m e final de 8a 7m, e tempo médio de tração reversa de 11 meses. Foram empregadas as análises de Variância a dois critérios e de Covariância para comparar as variáveis cefalométricas inicial e final e as alterações de tratamento entre os grupos. RESULTADOS: segundo os resultados, as variáveis que evidenciaram as mudanças de tratamento significativas entre os grupos confirmaram que o procedimento de anquilose intencional potencializou a resposta sagital das bases apicais (Pg-NPerp) e aumentou os ângulos de convexidade facial (NAP e ANB). CONCLUSÃO: o protocolo envolvendo a anquilose intencional de caninos decíduos potencializou a resposta sagital das bases apicais.

INTRODUCTION: This retrospective cephalometric study analyzed the influence of intentional ankylosis of deciduous canines in patients with Class III malocclusion and anterior crossbite, in the deciduous and early mixed dentition stages, treated by orthopedic maxillary expansion followed by maxillary protraction. METHODS: Lateral cephalograms of 40 patients were used, divided in 2 groups paired for age and gender. The Ankylosis Group was composed of 20 patients (10 boys and 10 girls) treated with induced ankylosis and presenting initial and final mean ages of 7 years 4 months and 8 years 3 months, respectively, with a mean period of maxillary protraction of 11 months. The Control Group comprised 20 patients (10 boys and 10 girls) treated without induced ankylosis, with initial and final mean ages of 7 years 8 months and 8 years 7 months, respectively, with a mean period of maxillary protraction of 11 months. Two-way analysis of variance and covariance analysis were applied to compare the initial and final cephalometric variables and the treatment changes between groups. RESULTS: According to the results, the variables evidencing the significant treatment changes between groups confirmed that the intentional ankylosis enhanced the sagittal response of the apical bases (Pg-NPerp) and increased the facial convexity angles (NAP and ANB). CONCLUSIONS: The protocol involving intentional ankylosis of deciduous canines enhanced the sagittal response of the apical bases.