Resumo Ao refletir sobre os usos da literatura por sociólogos, reconhecemos que tanto a literatura como a arte e a sociologia retratam relações. Os produtores (autores, artistas, sociólogos) dedicam-se a transformar relações em objetos culturais (romances, pinturas, monografias); os receptores (leitores, espectadores), então, extraem ou inferem relações a partir desses objetos. Produtores, objetos e receptores constroem-se e reconstroem-se mutuamente ao longo do tempo. No entanto, a literatura, a arte e a sociologia apresentam diferentes propriedades formais, e essas diferentes capacidades moldam o modo como os receptores inferem relações a partir delas. Este artigo toma o exemplo da ganância para analisar as objetivações sociológica, artística e literária, e para esclarecer como as propriedades formais específicas de cada um dos três gêneros influenciam suas capacidades específicas para engendrar uma compreensão relacional. Essa análise mostra por que os sociólogos não deveriam considerar qualquer um desses gêneros como subcategoria de outro.
Abstract In considering the uses of literature for the sociologist, we recognize that literature, art, and sociology all depict relationships. Producers (authors, artists, sociologists) craft relationships into cultural objects (novels, paintings, monographs); thereupon, receivers (readers, viewers) draw or infer relationships from these objects; producers, objects, receivers mutually construct and reconstruct one another over time. Literature, art, and sociology have different formal properties, however, and these different capacities shape how the receivers infer relationships from them. This article takes the example of greed to analyze sociological, artistic, and literary objectifications and to illuminate how the three genres’ distinctive formal properties influence their specific capacities to engender relational understanding. This analysis indicates why sociologists should view none of these genres as a subset of another.
Resumen Al considerar los usos de la literatura para el sociólogo, reconocemos que la literatura, el arte y la sociología describen relaciones. Los productores (autores, artistas, sociólogos) se dedican a transformar relaciones en objetos culturales (novelas, pinturas, monografías); a su vez, los receptores (lectores, espectadores) extraen o infieren relaciones de estos objetos; productores, objetos, receptores se construyen y reconstruyen mutuamente a lo largo del tiempo. Sin embargo, la literatura, el arte y la sociología tienen diferentes propiedades formales y estas capacidades diferentes dan forma a cómo los receptores deducen relaciones a partir de ellas. Este artículo toma el ejemplo de la codicia para analizar objetivaciones sociológicas, artísticas y literarias y para aclarar cómo las propiedades formales distintivas de los tres géneros influyen en sus capacidades específicas para engendrar el entendimiento relacional. Este análisis evidencia por qué los sociólogos no deberían ver ninguno de estos géneros como un subconjunto de otro.