Este texto discute alguns conceitos da teoria da relatividade restrita, em uma situação bastante conhecida, como a de um trem em movimento entrar em uma garagem menor que seu comprimento em repouso. No contexto da relatividade, sabe-se que existe a contração do espaço, no entanto, quando mudamos de referencial e consideramos um observador no trem, a garagem é que se movimenta e também sofre uma contração, surgindo um aparente paradoxo. A questão é apresentada sob a perspectiva de eventos e tratada com as transformações de Lorentz em dois referenciais diferentes, o que permite detalhar a solução do problema e mostrar que o paradoxo não existe, enaltecendo a consistência da teoria da relatividade. Com isso, exploramos uma série de nuances, normalmente ausentes numa abordagem tradicional, tais como medição do comprimento de corpos em movimento, simultaneidade, inversão de eventos e elementos do cone de luz.
This text discusses some concepts of the special theory of relativity, in a well-known situation, such as a moving train entering in a garage smaller than its length at rest. In the context of relativity, it is known that there is a length contraction, however, when changing the reference frame and considering the observer on the train, the garage moves and also suffers a contraction, resulting in an apparent paradox. The question is presented from the perspective of events and treated with Lorentz transformations in two different frames of reference, which allows a more detailed solution of the problem and shows that the paradox does not exist, highlighting the consistency of the theory of relativity. This way, one explores a series of nuances about relativity, normally absent in a traditional approach, such as measuring the length of moving bodies, simultaneity, inversion of events and elements of the light cone.