Este estudo avaliou a influência da sinvastatina, administrada por via oral ou subcutânea, na reparação de defeitos ósseos em tíbia e nos níveis de colesterol sangüíneo, em ratos. Foram realizados defeitos cirúrgicos nas tíbias direitas de 40 ratos machos, distribuídos em 4 grupos (n=10), tomando-se como base duas vias de administração e o uso ou não de sinvastatina: injeção subcutânea de sinvastatina (7 mg/kg) (grupo AT) ou apenas do veículo de suspensão da droga (grupo AC), sobre a região do defeito, durante 5 dias; 20 mg/kg de sinvastatina (grupo BT) ou água filtrada (grupo BC) via oral, diariamente, durante todo o período de observação. Os animais foram sacrificados após 15 ou 30 dias, quando amostras sangüíneas foram colhidas para análise do nível de colesterol. As tíbias foram removidas e, após descalcificação e procedimentos laboratoriais de rotina, procedeu-se à análise histológica e histomorfométrica. Para avaliação estatística utilizou-se ANOVA com nível de significância de 5%. As análises histomorfométrica e histológica mostraram diferença entre os grupos apenas com relação ao período experimental (p<0,05), apresentando os melhores resultados os animais sacrificados em 30 dias (p<0,05). Quanto ao nível de colesterol sangüíneo, não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos analisados (p>0,05). Concluiu-se que, nas condições utilizadas, a sinvastatina, administrada via oral ou subcutânea, não exerceu efeito estimulador sobre o reparo ósseo de defeitos experimentais em tíbias de ratos e não alterou os níveis de colesterol sangüíneo.

The purpose of this study was to evaluate the effects of simvastatin, by oral or subcutaneous administration, on tibial defects regeneration and blood cholesterol level in rats. A surgical defect was made on the right tibia of 40 male animals assigned to 4 groups (n=10), based on two routes of administration and on the use or not of simvastatin: subcutaneous injection of simvastatin (7 mg/kg) (group AT) or only the vehicle of drug suspension (group AC), above the defect area, for 5 days; and 20 mg/kg of simvastatin macerated on water (group BT) or only water (group BC), orally, daily, during the whole observation period. The animals were sacrificed after 15 or 30 days, when blood samples were analyzed to check plasma cholesterol levels. Tibiae were removed and, after decalcification and routine laboratorial processing, histological and histomorphometrical analyses were carried out. ANOVA was used for statistical analysis at 5% signficance level. The histological and histomorphometrical analyses showed significant differences only between the experimental periods (p<0.05). Animals sacrificed after 30 days showed better bone repair (p<0.05). There was no statistically significant difference (p>0.05) for blood cholesterol levels between the groups. In conclusion, simvastatin administration either orally or subcutaneously did not improve bone repair of experimental tibial defects and did not alter blood cholesterol levels in rats.