Objetivo: Avaliar a relação entre diferentes padrões de ganho de peso no primeiro ano de vida e a prevalência e gravidade de sibilância e asma nesse período. Métodos: Foram analisadas as respostas do questionário EISL de 9159 pais moradores das cidades de São Paulo, Recife, Cuiabá, Curitiba e Belém. Os dados referidos do peso de nascimento e com um ano de vida foram convertidos em Z-scores(z). Foram considerados como tendo ganho de peso acelerado aqueles com diferença entre os pesos superior a 0,67z e ganho de peso excessivo aqueles com diferença superior a 2,01z. Resultados: Ganho de peso acelerado foi observado em 55,7% dos lactentes e ganho excessivo em 20,8%. Lactentes com ganho de peso acelerado apresentaram prevalência significativamente maior de sibilância recorrente (18,9% vs. 18,2%) e hospitalização por sibilância (8,9% vs. 7,5%). Entre os lactentes com ganho de peso excessivo houve significativamente maior prevalência de hospitalização por sibilância (10,1% vs. 7,8%) e diagnóstico médico de asma (8,7% vs. 7,3%). A presença de aleitamento materno por pelo menos seis meses foi significativamente menor naqueles com ganho acelerado de peso (45,2% vs. 51,4%). Conclusões: A maioria dos lactentes avaliados no presente estudo apresentou ganho de peso superior ao esperado durante o primeiro ano de vida. O ganho de peso acelerado e excessivo no primeiro ano de vida foram significativamente associados a formas mais graves de sibilância, enquanto que o ganho de peso excessivo foi associado ao diagnóstico médico de asma, independentemente da presença do aleitamento materno.
Objective: To evaluate associations between different patterns of weight gain in the first year of life with the prevalence and severity of wheezing and asthma in infancy. Methods: Answers to the EISL questionnaire from 9159 parents living in the cities of São Paulo, Recife, Cuiabá, Curitiba and Belém were analyzed. Data from reported weight at birth and at one year were converted to Z-scores (z). Rapid weight gain was defined by the difference in weight superior to 0.67z and excessive weight gain by the difference superior to 2.01z. Results: Rapid weight gain was found in 55.7% infants and excessive weight gain in 20.8%. Infants with rapid weight gain showed a significantly higher prevalence of recurrent wheezing (18.9% vs. 18.2%) and hospitalization for wheezing (8.9% vs. 7.5%). Infants with excessive weight gain had a significantly higher prevalence of hospitalization for wheezing (10.1% vs. 7.8%) and medical diagnosis of asthma (8.7% vs. 7.3%). Breastfeeding for at least six months was significantly less frequent among infants with rapid weight gain (45.2% vs. 51.4%). Conclusions: The majority of the evaluated infants showed weight gain above expected in the first year of life. Rapid and excessive weight gain in the first year of life were significantly associated with more severe patterns of wheezing in infancy, while excessive weight gain was associated with the medical diagnosis of asthma, independently from the presence of breastfeeding.