Objective: To evaluate the clinical significance of coagulase-negative staphylococci (CNS) isolated from newborns’ infections at Unidade Neonatal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. Method: The CNS strains isolated were identified and classified as clinically significant and contaminant, based on a series of clinical and laboratorial data obtained of the chart of the patients who stayed in the Neonatal Unit. The following data were analysed: risk factors for infections, clinical evolution, abnormal blood cell counts and/or C-reative protein e antibiotic therapy. Results: Of the 117 strains of CNS isolated, 60 (51,3%) were classified as significant and 57 (48,7%) as contaminant. Of the 54 infants infected by CNS, 43 (79,6%) were very low birth weight (< 1.500 g). Most of the infants infected by CNS were submitted to two or more procedures (77,8%), including catheter (88,9%), parenteral nutrition (64,8%) and mechanical ventilation (61,1%). Staphylococcus epidermidis was the most frequently isolated species (77,8%) and more associated with infection (86,7%) than with contamination (68,4%). Other species of CNS, including two strains of S. haemolyticus, three strains of S. lugdunensis, one strain of S. simulans, one strain of S. warneri and one strain of S. xylosus were also isolated from infants with clinical evidence of pneumonia, necrotizing enterocolitis and sepsis. Conclusion: Most of newborns infected by CNS presented important risk factors for the installation of the infectious process, including birth weight < 1 500 g, not removal foreign body and previous use of antimicrobials. The identification of species of ECN constitutes an useful marker of infection, since the S. epidermidis was the specie more frequently associated to the infection
Objetivo: Avaliar a significância clínica de estafilococos coagulase-negativa (ECN) isolados de processos infecciosos em recém-nascidos da Unidade Neonatal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. Método: As linhagens de ECN isoladas foram identificadas e classificadas em significativas e contaminantes com base em uma série de dados clínicos e laboratoriais obtidos dos prontuários dos pacientes internados na Unidade Neonatal. Foram pesquisados os dados referentes a fatores perinatais de risco para infecção, evolução clínica, alterações do hemograma e/ou positividade de proteína C reativa e antibioticoterapia. Resultados: Das 117 linhagens de ECN isoladas, 60 (51,3%) foram classificadas como significativas e 57 (48,7%) como contaminantes. Das 54 crianças com infecção por ECN, 43 (79,6%) eram prematuras e 27 (50,0%) com peso ao nascimento < 1 500 g. A maioria das crianças com infecção por ECN estavam submetidas a dois ou mais procedimentos invasivos (77,8%), incluindo o uso de cateter (88,9%), nutrição parenteral (64,8%) e ventilação mecânica (61,1%). OS. epidermidis foi a espécie mais frequentemente isolada (77,8%) e mais associada com infecção (86,7%) do que com contaminação (68,4%). Outras espécies de ECN, incluindo duas linhagens de S. haemolyticus, três linhagens de S. lugdunensis, uma linhagem de S. simulans, uma de S. warneri e uma linhagem de S. xylosus também foram isoladas de crianças com evidência clínica de pneumonia, enterocolite necrosante e sepse. Conclusão: A maioria dos recém-nascidos com infecção por ECN apresentou fatores predisponentes importantes para a instalação do processo infeccioso, incluindo o peso de nascimento < 1 500 g, a não remoção de corpo estranho e a antibioticoterapia prévia. A identificação de espécies de ECN constitui um marcador útil de infecção, visto que o S. epidermidis foi o agente etiológico mais frequentemente associado aos processos infecciosos