Com o objetivo de contribuir com dados sobre a prevalência de alterações em cavidade bucal de bebês, foi realizado um estudo transversal envolvendo crianças entre 0 e 24 meses de idade, atendidas nas clínicas de bebês públicas do município de Ponta Grossa - PR. Foram examinados 200 bebês nessa faixa etária - 108 do sexo masculino e 92 do feminino - e os resultados obtidos foram: a) 21,00% das crianças apresentaram alteração de mucosa; b) a faixa etária na qual as alterações foram mais freqüentes foi a dos 0 a 3 meses (26,98%); c) considerando-se apenas as crianças afetadas, as alterações mais prevalentes foram os cistos de inclusão (35,71%), seguidos de língua geográfica (23,81%) e candidíase (11,90%). Os cistos de inclusão foram mais freqüentes no sexo feminino (10,87%) e a língua geográfica foi mais prevalente no sexo masculino (6,48%). Não foram encontrados tumores. O estudo revelou, ainda, que não foi necessário tratamento em 76,19% dos casos. Concluindo, os resultados indicam que a maioria das alterações bucais nessa faixa etária são benignas e não requerem nenhum tipo de tratamento específico. Mesmo assim, faz-se importante que os profissionais que atuam com crianças conheçam tais alterações, no sentido de tranqüilizar os pais e de estarem atentos para a necessidade de alguma intervenção.
This investigation was carried out in order to determine the prevalence of oral alterations among 200 infants aged 0 to 24 months (108 males and 92 females), who were seen at public pediatric dental clinics from Ponta Grossa - PR, Brazil. The infants were examined during routine appointments. The data were analyzed and the results revealed that 21.00% of the children had oral conditions, which were more frequent among children aged 0 to 3 months (26.98%). The most prevalent condition was the inclusion cyst (35.71%), followed by benign migratory glossitis (23.81%) and candidiasis (11.90%). The prevalence of inclusion cysts was higher among females (10.87%), and the benign migratory glossitis was more frequently seen in males (6.48%). No tumors were found. With regard to the management of the conditions, it was noticed that no treatment was required in 76.19% of the cases. These findings are in agreement with those reported in the literature, and it was concluded that most of the oral conditions in infants are benign and do not require any treatment. In spite of that, health professionals (dentists and pediatricians) must be aware of those alterations in order to tranquilize the children's parents and to detect the need for any intervention.