Resumo O estudo avaliou a influência do procedimento de dispersão de microfibras de polipropileno (PPMF) nas propriedades de estado fresco e endurecido de argamassas de revestimento. Amostras preparadas com dois procedimentos diferentes de dispersão de PPMF foram avaliadas comparativamente com amostras de referência preparadas sem adição de PPMF. As propriedades frescas foram monitoradas utilizando flow table, squeeze flow e ar-incorporado. O estado endurecido foi caracterizado por absorção de água por capilaridade, permeabilidade ao ar, módulo elasticidade dinâmico (E), resistência à tração, de acordo com o teste brasileiro, e porosidade pelo método de imersão de Arquimedes. Os resultados mostram que as propriedades das argamassas em estado fresco não foram afetadas pelo procedimento de dispersão, enquanto no estado endurecido foram estatisticamente semelhantes, exceto a variação dimensional. A adição de microfibras de polipropileno de forma dispersa foi mais eficaz em termos de controle da retração total do que a adição direta de fibras à matriz cimentícia (conforme recomendado pelo fabricante) ou à argamassa de referência.

Abstract This study was carried out to evaluate the influence of a polypropylene microfibre (PPMF) dispersion procedure on fresh and hardened state properties of rendering mortars. Specimens prepared with two different PPMF dispersion procedures were evaluated comparatively with reference specimens prepared without adding PPMF. Changes in the fresh properties were monitored using flow table, squeeze flow, and air-entrainment tests. The hardened state was characterized by capillary water absorption, air-permeability, dynamic elastic modulus (E), tensile strength according to the Brazilian test, and porosity by the Archimedes immersion method. Results show that the fresh mortar properties were not affected by dispersion procedure and all hardened mortar properties were statistically similar, except for the dimensional variation of the specimens. The study also shows that adding polypropylene microfibres in a dispersed form was more effective in terms of controlling total drying shrinkage than directly adding fibres to the cementitious matrix (as recommended by the manufacturer) or the reference mortar.