Identificou-se o sistema efetivamente utilizado para classificação do tomate para mesa por atacadistas e produtores em Curitiba. Verificou-se também por que não são adotadas as normas legais de classificação. Foram entrevistados 11 atacadistas e 31 produtores de tomate que comercializam sua produção na CEASA Curitiba. Outros dois produtores foram entrevistados em suas propriedades e acompanhados desde a produção até a comercialização. Após tabulação dos dados calculou-se a porcentagem de entrevistados enquadrados em cada questão, em relação ao número total de entrevistados. Constatou-se que há mais de uma linguagem de classificação no mercado e embora não haja padrões de classificação, essas linguagens são compreendidas no momento da comercialização. Para os atacadistas da CEASA Curitiba, a classificação do tomate baseia-se nas cores e nos tamanhos dos frutos. Os frutos podem ser verdes, coloridos (ou pintados) ou vermelhos (ou maduros) e apresentar tamanho Extra 3A ou boca 5 (diâmetro maior que 7,5 cm), Extra 2A ou bocas 6 ou 7 (diâmetro entre 6,2 e 7,5 cm), Extra 1A ou bocas 8 ou 9 (diâmetro entre 4,8 e 6,2 cm). Os frutos Extra 2A (médios) são os mais freqüentes no comércio. Já a maioria dos produtores classifica os frutos em graúdos, médios e miúdos, em uma clara correspondência com a classificação adotada pelos atacadistas. Ambos os sistemas de classificação diferem do oficial que, segundo a maioria de atacadistas e produtores, é difícil de aplicar, encareceria o produto final e levaria a um aumento considerável do volume de frutos a serem descartados. Por esses motivos, antes que as normas oficiais de classificação de tomate possam ser adotadas, é necessário que se disponibilizem para o setor produtivo tecnologias de produção e assistência técnica qualificada. É necessário ainda que as normas de classificação sejam internalizadas pelos agentes do mercado por meio de cursos e treinamentos que estimulem a sua adoção.
The effectively used system for classification of table tomatoes by wholesalers and producers was studied in Curitiba, Brazil. We also identified why the laws of classification are not adopted. Eleven wholesalers and 31 tomato planters, which sell their production in CEASA Curitiba, were interviewed. Other two producers were also interviewed in their properties and tracked from production to marketing. After tabulation of the data, we calculated the percentage of respondents in each issue framed in relation to the total number of interviewees. More than one language of classification was identified on the market, and although there are no patterns of grading standards, these languages are included on saling. For wholesalers of CEASA Curitiba, the classification of tomatoes is based on the color and fruit size. The fruits can be green, colorful (or painted) or red (or mature) and present size Extra 3A or mouth 5 (diameter greater than 7.5 cm), Extra 2A or mouths 6 or 7 (diameter between 6.2 and 7,5 cm), Extra 1A or mouths 8 or 9 (diameter between 4.8 and 6.2 cm). The fruits Extra 2A (average) are the most frequent in trade. Most producers rank the fruits in great, intermediate and little, in a clear correlation with the classification adopted by the wholesalers. Both rating systems differ from the official; according to the majority of wholesalers and producers, it is difficult to enforce, and the final product can become expensive and lead to a considerable increase in the discarded fruits. For these reasons, rather than official standards for the classification of tomatoes could be adopted, it is necessary to provide for the productive sector technologies and qualified technical assistance. It is also necessary that the rules of classification are internalized by the agents of the market through courses and training to encourage their adoption.