O autismo não sendo uma doença, para muitos, é considerado um grave sofrimento mental. Para a Medicina continua a ser um enigma que afecta, profundamente, quem dele padece e os que o rodeiam: a família. Esta perturbação mental implica problemas sociais, de comportamento e de linguagem. A criança autista requer cuidados exigentes de quem de si cuida: na esmagadora maioria os pais. Estes ficam expostos a múltiplos desafios, no dia-a-dia, quer económicos, emocionais, culturais entre outros. O apoio é fundamental para ajudar a família a lidar com a criança autista. Conscientes da pouca informação sobre esta perturbação, que tende a ser mais frequente, sentiu-se a necessidade de realizar um estudo nesta temática com o intuito de contribuir para uma maior sensibilização dos profissionais de saúde, nomeadamente dos enfermeiros. Julgamos que a reflexão e compreensão das implicações que o autismo traz ao seio familiar, que envolvem os cuidados a ter com a criança autista, pelo cuidador principal, possam contribuir de modo a actuar, na prática, de maneira a atenuar estas implicações e sofrimentos. É fundamental ter competências para saber avaliar estas famílias de modo a que a intervenção vá no sentido de se dar apoio à família/cuidador, assim como apontar estratégias de forma a minimizar o impacto da perturbação autista na vida familiar. A Enfermagem tem um papel decisivo nestas intervenções.
Autism is not a disease, for many it is considered a serious mental illness. For medicine remains a troubling enigma affecting, deeply, who suffers from it and those around the family. This mental disorder involves social problems, behaviour and language. An autistic child who requires demanding to whom takes care of them. Parents are exposed to multiple challenges on a daily basis, whether economic, emotional, cultural and others. The support is fundamental to helping families cope with the autistic child. Aware of the limited information about this disorder that tends to be more frequent, it’s felt the need to conduct a study on this subject in order to contribute to greater awareness among health professionals, particularly nurses. We believe that reflection and understanding of the implications that autism brings to their families, involving the care of the autistic child, by the main caregiver, can contribute to work in practice, so as to mitigate those implications and suffering. It is essential to have abilities to assess these families so that the intervention goes in order to support the family / caregiver, as well as to point strategies to minimize the impact of autistic disorder in family life. Nursing has a key role in these interventions.