Resumo O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do retardo de resfriamento de morangos ‘San Andreas’ sobre a manutenção da qualidade dos frutos, bem como sobre os compostos fenólicos totais (CFT) e a atividade antioxidante total (AAT), após o armazenamento refrigerado. Os tratamentos consistiram no resfriamento nos tempos de 0 (controle, resfriamento imediato), 3, 6, 9 e 12 horas (em temperatura ambiente), após a colheita. Após a aplicação dos tratamentos, os frutos foram armazenados sob refrigeração (4 ± 0,5 °C e 92 ± 2% de UR), durante 5, 6, 7 e 8 dias, seguidos por mais 2 dias de exposição, em condição ambiente (20 ± 2 °C e 65 ± 5% de UR). Os morangos com o maior retardo de resfriamento apresentaram maior perda de massa fresca, além de menor firmeza, a partir de 7 dias de armazenamento. De maneira geral, os menores valores de incidência e severidade de podridões foram observados nos frutos do tratamento com resfriamento imediato após a colheita, quando armazenados por 7 e 8 dias, seguidos por mais 2 dias em condições ambiente. O retardo do resfriamento por até 6 horas não causa aumento de podridões até 5 dias de armazenamento refrigerado, mais 2 dias em condições ambiente. Os valores de CFT e AAT apresentaram aumento com o retardo de até 6 horas do resfriamento dos frutos, aos 6 dias de armazenamento seguidos por mais 2 dias em condições ambiente, e a AAT aumentou com o aumento do atraso no resfriamento dos frutos em até 12 horas, após 8 dias de armazenamento mais 2 dias em condições ambiente. O atraso no resfriamento causa perdas na qualidade dos frutos de morango, de acordo com o tempo de armazenamento.
Abstract This work aimed to evaluate the effect of the cooling delay of 'San Andreas' strawberries on the maintenance of fruit quality, as well as on Total Phenolic Compounds (TPC) and Total Antioxidant Activity (TAA) after refrigerated storage. Treatments consisted of no cooling at times 0 (control, immediate cooling), 3, 6, 9 and 12 hours (at room temperature) after harvest. After application of the treatments, the fruits were stored under refrigeration (4 ± 0.5 ºC and 92 ± 2% RH) for 5, 6, 7 and 8 days, followed by a further 2 days of exposure in ambient conditions (20 ± 2 °C and 65 ± 5% RH). Strawberries with the greatest cooling delay added significant loss of fresh mass, in addition to less firmness after 7 days of storage. In general, the lowest values of rot incidence and severity were observed in the fruits of the treatment with immediate cooling after harvest, when stored for 7 and 8 days, followed by 2 more days in ambient conditions. Delaying cooling for up to 6 hours did not cause increased decay for up to 5 days of refrigerated storage, plus 2 days at ambient conditions. The values of TPC and TAA showed a dissipation with a delay of up to 6 hours of cooling of the fruits, at 6 days of storage followed by another 2 days in ambient conditions, and the TAA increased with the increase of the delay in the cooling of the fruits in up to 12 hours, after 8 days of storage plus 2 days at ambient conditions. The delay in cooling could cause losses in strawberry fruit quality, according to storage time.