O presente estudo avaliou a correlação entre a presença de manchas extrínsecas pretas no esmalte dental e experiência de cárie de escolares brasileiros. A população alvo consistiu de 263 crianças com idades entre 6 e 12 anos. Os exames clínicos foram realizados por quatro dentistas calibrados de acordo com o critério da Organização Mundial de Saúde para diagnóstico de cárie. O teste c² foi usado para comparar a prevalência de cárie entre crianças com e sem manchas pretas no esmalte. O teste de correlação de Spearman foi usado para analisar a relação entre a presença de mancha preta e a severidade da doença cárie. A presença de manchas pretas foi diagnosticada em 14,8 por cento das crianças. O número de crianças livre de cárie na dentição permanente não foi estatisticamente diferente entre os grupos. O CPO-D médio foi 1,46 ± 1,39 para crianças com manchas pretas e 2,42 ± 2,09 para crianças sem mancha. Observou-se correlação negativa entre a presença (r = -0,16; p<0,05) e severidade (r = -0,15; p<0,01) da mancha preta e o CPO-D.

This study evaluated the correlation between the presence of black extrinsic tooth stains and caries in Brazilian schoolchildren. The target population consisted of 263 children aged 6-12 years. Clinical examinations were performed by four dentists calibrated for the World Health Organization criteria for caries diagnosis. The c² test was used to compare the prevalence of caries between groups of children with and without black tooth stains. Spearman's correlation test was used to analyze the relationship between the presence of black stains and caries severity. Black stains were observed in 14.8% of the children. The number of children with caries-free permanent dentition was not statistically different between groups. The mean DMF-T was 1.46 ± 1.39 for children with black stains and 2.42 ± 2.09 for children without black stains. A negative correlation was observed between the presence (r = -0.16; p<0.05) and severity (r = -0.15; p<0.01) of black stains and DMF-T.