Durante as últimas décadas, um importante movimento social relacionado à Medicina Alternativa e Complementar foi identificado em todo o mundo. No Brasil, apesar de a homeopatia ser reconhecida como especialidade médica desde 1980, poucas escolas médicas oferecem cursos relacionados a ela. Em um estudo prévio, 176 médicos residentes da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas foram entrevistados e 86 (49%) recusaram a disciplina de homeopatia no currículo médico. Portanto, este estudo qualitativo foi conduzido para entender as razões desta recusa. Vinte residentes de 15 especialidades diferentes foram entrevistados. Poucos declararam falta de conhecimento para julgar a homeopatia; nenhum deles fez uma objeção consciente a ela; e a maioria demonstrou preconceito, afirmando que não há evidência científica suficiente para sustentá-la, defendendo suas posições baseados em opinião pessoal, prática clínica limitada e em informações de meios de comunicação de massa. Finalmente, este preconceito em relação à homeopatia pode ser estendido a outras práticas diferentes da medicina alopática.
In recent decades an important social movement related to Complementary and Alternative Medicine has been identified worldwide. In Brazil, although homeopathy was recognized as a specialist medical area in 1980, few medical schools offer courses related to it. In a previous study, 176 resident doctors at the University of Campinas Medical School were interviewed and 86 (49%) rejected homeopathy as a subject in the core medical curriculum. Thus, this qualitative study was conducted to understand their reasons for refusing. 20 residents from 15 different specialist areas were interviewed. Very few of them admitted to a lack of knowledge for making a judgment about homeopathy; none of them made a conscientious objection to it; and the majority demonstrated prejudice, affirming that there is not enough scientific evidence to support homeopathy, defending their position based on personal opinion, limited clinical practice and on information circulated in the mass media. Finally, resident doctors’ prejudices against homeopathy can be extended to practices other than allopathic medicine.
Durante las últimas décadas, un importante movimiento social relacionado con la medicina alternativa y complementaria ha surgido en todo el mundo. En Brasil, pese a que la homeopatía fue reconocida como especialidad médica desde 1980, pocas escuelas médicas ofrecen cursos. En un estudio previo, 176 médicos residentes de la Universidad de Campinas- Facultad de Medicina fueron entrevistados y 86 (49%) rechazaron el curso de homeopatía en el plan de estudios médicos. Este estudio cualitativo se propone entender las razones del rechazo. Se entrevistaron a veinte residentes de 15 especialidades diferentes. Pocos declararon falta de conocimientos para juzgar la homeopatía; ninguno hizo una objeción consciente a la misma; y la mayoria demostró prejuicios, afirmando que no hay evidencia científica que apoye la homeopatía, defendiendo sus posiciones con opinión personal, práctica clínica limitada e informaciones de medios de comunicación de masas. Finalmente, el prejuicio de los médicos residentes sobre la homeopatía se puede extender a otras prácticas diferentes de la medicina alopática.