JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O bloqueio do compartimento da fáscia ilíaca é amplamente empregado como parte das técnicas anestésicas para intervenções cirúrgicas de quadril, coxa e joelho. A maioria dos estudos tem utilizado volumes fixos de ropivacaína ou de bupivacaína. Este estudo teve como objetivo calcular os volumes de ropivacaína a 0,5% e de bupivacaína a 0,5% efetivos em 50% (VE50), 95% (VE95) e 99% (VE99) dos casos para realização de bloqueios do compartimento da fáscia ilíaca. MÉTODO: Cinqüenta e um adultos agendados para intervenções cirúrgicas eletivas do quadril, diáfise femoral e joelho foram submetidos ao bloqueio do compartimento da fáscia ilíaca. Os pacientes foram aleatoriamente distribuídos e receberam ropivacaína a 0,5% (n = 25) ou bupivacaína a 0,5% (n = 26). O sucesso do bloqueio foi definido como bloqueio sensitivo completo das regiões anterior, medial e lateral da coxa. O volume anestésico foi determinado pelo método up-and-down de Massey e Dixon e os volumes efetivos foram calculados pelas fórmulas de Massey e Dixon (VE50) e por regressão de probits (VE50, VE95 e VE99). RESULTADOS: Os volumes anestésicos capazes de produzir bloqueio nervoso efetivo em 50% dos casos, calculados pela formula de Massey e Dixon, foram 28,79 mL (IC 95%: 26,31 - 31,5 mL) para ropivacaína e 29,56 mL (IC 95%: 25,22 - 34,64 mL) para bupivacaína (p = 0,62). Os volumes efetivos de ropivacaína capazes de bloquear 50%, 95% e 99% dos casos foram estimados pela regressão de probits como 28,8 mL (27,2 - 30,4), 34,3 mL (32,5 - 37,3) e 36,6 mL (34,3 - 40,5), respectivamente. Os volumes correspondentes de bupivacaína foram 29,5 mL (28,1 - 31,1), 36,1 mL (33,5 - 38,1), e 37,3 mL (35,1 - 41,3) (p < 0,05). CONCLUSÕES: Os volumes necessários de ropivacaína a 0,5% e bupivacaína a 0,5% com adrenalina 1:200.000 para o bloqueio do compartimento da fáscia ilíaca são similares.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Fascia iliac compartment block is widely used as one of the anesthetic techniques used for surgical interventions of the hip, thigh, and knee. The majority of the studies have used fixed volumes of ropivacaine or bupivacaine. The objective of this study was to calculate the effective volume of 0.5% ropivacaine and 0.5% bupivacaine in 50% (EV50%), 95% (EV95), and 99% (EV99) of the cases to achieve fascia iliac compartment block. METHODS: Fifty-one adults scheduled for elective surgical interventions of the hip, femoral diaphysis, and knee underwent fascia iliac compartment block. Patients were randomly assigned to receive either 0.5% ropivacaine (n = 25) or 0.5% bupivacaine (n = 26). The success of the block was defined as a complete sensitive block of the anterior, medial, and lateral regions of the thigh. The volume of the anesthetic was determined by Massey and Dixon's up-and-down method, while the effective volume was calculated by Massey and Dixon's formula (EV50) and by probits regression (EV50, EV95, and EV99). RESULTS: The volume of anesthetic capable of producing an effective nervous anesthesia in 50% of the cases, calculated by Massey and Dixon formula, were 28.79 mL (CI 95%: 26.31 - 31.5 mL) for ropivacaine, and 29.56 mL (CI 95%: 25.22 - 34.64 mL) for bupivacaine (p = 0.62). The effective volumes of ropivacaine capable of producing a blocking in 50%, 95%, and 99% of the cases were estimated by probits regression as 28.8 mL (27.2 - 30.4), 34.3 mL (32.5 - 37.3), and 36.6 mL (34.3 - 40.5), respectively. The corresponding volumes of bupivacaine were 29.5 mL (28.1 - 31.1), 36.1 mL (33.5 - 38.1), and 37.3 mL (35.1 - 41.3) (p > 0.05). CONCLUSIONS: The volumes of 0.5% ropivacaine and 0.5% bupivacaine with adrenaline 1:200,000 for the fascia iliac block are similar.
JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: El bloqueo del compartimento de la fascia ilíaca es ampliamente empleado como parte de las técnicas anestésicas para intervenciones quirúrgicas de la cadera, muslo y rodilla. La mayoría de los estudios han utilizado volúmenes fijos de ropivacaína o de bupivacaína. Este estudio tuvo como objetivo calcular los volúmenes de ropivacaína a 0,5% y de bupivacaína a 0,5% efectivos en 50% (VE50), 95% (VE95) y 99% (VE99) de los casos para la realización de bloqueos del compartimento de la fascia ilíaca. MÉTODO: Cincuenta y un adultos con cirugías marcadas electivas de la cadera, diáfisis femoral y rodilla se sometieron al bloqueo del compartimento de la fascia ilíaca. Los pacientes fueron aleatoriamente distribuidos y recibieron ropivacaína a 0,5% (n = 25) o bupivacaína a 0,5% (n = 26). El éxito del bloqueo fue definido como bloqueo sensitivo completo de las regiones anterior, media y lateral del muslo. El volumen anestésico fue determinado por el método up-and-down de Massey y Dixon y los volúmenes efectivos fueron calculados por las formulas de Massey y Dixon (VE50) y por regresión de probits (VE50, VE95 y VE99). RESULTADOS: Los volúmenes anestésicos capaces de producir bloqueo nervioso efectivo en 50% de los casos, calculados por la formula de Massey y Dixon, fueron 28,79 mL (IC 95% : 26,31 -31,5 mL) para ropivacaína y 29,56 mL (IC 95% : 25,22 - 34,64 mL) para bupivacaína (p = 0,62). Los volúmenes efectivos de ropivacaína capaces de bloquear 50%, 95% y 99% de los casos se estimaron por la regresión de probits como 28,8 mL (27,2 - 30,4), 34,3 mL (32,5 - 37,3) y 36,6 mL (34,3 - 40,5), respectivamente. Los volúmenes correspondientes de bupivacaína fueron 29,5 mL (28,1 - 31,1), 36,1 mL (33,5 - 38,1), y 37,3 mL (35,1 - 41,3) (p > 0,05). CONCLUSIONES: Los volúmenes necesarios de ropivacaína a 0,5% y bupivacaína a 0,5% con adrenalina 1:200.000 para el bloqueo del compartimento de la fascia ilíaca son semejantes.