INTRODUÇÃO: Objetivou-se avaliar a dimensão educativa das percepções e atitudes de médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem na saúde bucal de crianças e adolescentes portadores de insuficiência renal crônica (IRC) em três hospitais do Rio de Janeiro. MÉTODOS Realizou-se uma entrevista com perguntas abertas e fechadas com 43 profissionais de saúde. Os dados foram coletados e tabulados no programa SPSS 13.0. Empregou-se o teste Qui-quadrado, com nível de significância estatística p < 0,05. RESULTADOS: A média de idade foi 36,5 anos (± 11,3), com 80% do sexo feminino. A maioria dos médicos (71,4%, n = 10) e enfermeiros (72,4%, n = 21) acredita que esses pacientes podem ter alguma alteração bucal decorrente da doença, sendo perda de esmalte e descalcificação as mais citadas. Em relação à orientação sobre higiene bucal, pouco mais da metade da amostra respondeu que orienta seus pacientes no sentido de realizar escovação (72,7%, n = 16), usar fio dental (9%, n = 2), fazer bochecho (18,1%, n=4) e limpar a língua (9%, n = 2). Apenas 9% (n = 2) orientam a higiene após o uso de medicamentos. Quanto à necessidade de cuidados diferenciados para esses pacientes, 65,5% dos enfermeiros e auxiliares de enfermagem acreditam que estes devam ocorrer. Para a maioria dos médicos (57,1%, n = 8), não há necessidade de tais cuidados. Apesar disso, 78,6% (n = 11) dos médicos têm o hábito de encaminhar os pacientes a serviços odontológicos. CONCLUSÕES: Diante da metodologia empregada, concluiuse que a maioria dos profissionais de saúde têm algum conhecimento sobre saúde bucal, porém suas atitudes não refletem esse fato.
OBJECTIVE: To assess the educational dimension through the perceptions and attitudes of physicians, nurses, and nursing assistants in relation to oral health of chronic renal failure (CRF) children and adolescents at three hospitals of Rio de Janeiro. METHODS: An interview was conducted using open and closed questions with 43 health professionals. An interview was conducted by 43 health professionals using open and closed questions. Data were collected and uploaded into the SPSS 13.0 program. The chi-square test was used, with statistical significance level of p < 0.05. RESULTS: Mean age was 36.5 ± 11.3 years, and 80.0% of the interviewees were female. Most physicians (71.4%, n = 10) and nurses (72.4%, n = 21) believed CRF patients could have some degree of oral alteration due to the disease, loss of enamel and decalcification being the most cited. In regard to oral hygiene care, more than half of the interviewees answered that they used to inform their patients about dental brushing (72.7%, n = 16), flossing (9.0%, n = 2), mouth rinsing (18.1%, n = 4), and tongue cleaning (9.0%, n = 2). Only 9% (n = 2) recommended oral hygiene after the use of oral medicines. According to 65.5% of the nurses and nursing assistants, CRF patients require special care. Most physicians (57.1%, n = 8) do not think this is necessary. Nevertheless, 78.6% (n = 11) of physicians often refer CRF patients to dental services. CONCLUSIONS: According to the methodology used, it was concluded that most health care professionals have some knowledge of oral health, but their attitudes do not reflect this fact.