RESUMO O objetivo deste trabalho foi avaliar a distribuição espacial da leprose dos citros em dois pomares na região citrícola do Nordeste Paraense/Amazônia Oriental. Realizaram-se avaliações com intervalo mensal no período de dezembro de 2011 a novembro de 2012, verificando-se plantas com sintomas característicos da leprose dos citros, anotando-se 1 para presença e 0 para ausência. Foi aplicada a geoestatística para a análise espacial da doença, modelagem dos semivariogramas e confecção dos mapas de krigagem. O modelo que melhor se ajustou à distribuição espacial da doença foi o esférico, pois apresentou maior valor do coeficiente de determinação, com variação no alcance de 18 a 29 m na área A, e de 9 a 30 m na área B. O Índice de Dependência Espacial (IDE) apresentou-se moderado para todas as avaliações da área A, ficando no intervalo de 0,25 a 0,75, e na área B com exceção dos meses de dezembro de 2011, junho e setembro de 2012, que apresentaram o IDE moderado, todos apresentaram o IDE fraco com valores abaixo de 0,25. A geoestatística mostrou-se uma ferramenta propícia para a avaliação da distribuição espacial do Citrus leprosis virus (CiLV).

ABSTRACT This study aimed to evaluate the spatial distribution of citrus leprosis in two orchards in the Eastern state of Pará/ Eastern Amazon citrus region. Two evaluations were performed at monthly intervals between December, 2011 and November, 2012 checking plants with characteristic symptoms of citrus leprosis by recording 1 for presence and 0 for absence. To analyze the disease spatial distribution in the plots, geostatistics was used for semivariogram modeling, and elaboration of kriging maps. The model that better adjusted to the disease spatial distribution was the spherical, the one with the highest coefficient of determination with variations ranging from 18 to 19 meters in area A and 9 to 30 m in area B. The Spatial Dependence Index (SDI) was moderate for all area A evaluations with interval ranging from 0.25 to 0.75, while in area B, except for the months of December 2011, June and September 2012 with a moderate SDI, all the others showed a weak SDI with values below 0.25. Geostatistical analysis has shown itself to be an ideal tool to evaluate Citrus leprosis virus (CiLV) spatial distribution.

O efeito de diferentes densidades (1, 3, 5, 7 e 9) de 3º lagartas do instar de Alabama argillacea (Huebner) no consumo de alimento por machos de Podisus nigrispinus (Dallas) foi avaliado em condições de laboratório. As densidades utilizadas foram convertidas a peso de presa oferecida: 13,40 mg (1 lagarta), 33.30 mg (3 lagartas), 54,30 mg (5 lagartas), 81,80 mg (7 lagartas) e 110,34 mg (9 lagartas). A quantidade de alimento consumido pelo macho de P. nigrispinus aumentou com a densidade da presa. A densidade da presa não afetou o tempo gasto pelo predador para ingerir o alimento. A quantidade de alimento extraído por minuto pelo predador foi sempre maior nas mais baixas densidades e menores nas mais altas densidades. O peso corpóreo médio dos machos de P. nigrispinus não difereriu entre os tratamentos testados e o seu ganho de peso foi menor nas duas primeiras densidades testadas. As taxas de consumo relativo aumentaram com a quantidade de lagartas oferecidas. Os machos de P. nigrispinus podem mudar seu comportamento predatório em função da quantidade de presas disponíveis.

In this work, the effect of different densities (1, 3, 5, 7 and 9) of 3rd instar Alabama argillacea (Huebner) larvae on food consumption by Podisus nigrispinus (Dallas) males was evaluated. The densities established were converted to weight of prey offered: 13.4 mg (one larva), 33.3 mg (three larvae), 54.3 mg (five larvae), 81.8 mg (seven larvae), and 110.34 mg (nine larvae). The quantity of food consumed by P. nigrispinus increased with the prey density. The density of preys did not affect the time spent by the predator to ingest the food. The quantity of food extracted per minute was always higher in smaller densities and lower in higher densities. Males mean body weight did not differ statistically between the treatments tested, and weight gain was smaller in the first two densities tested. Relative consumption rates increased with the quantity of larvae offered. P. nigrispinus males might change its predatory behavior as a function of the quantity of prey available.