RESUMO Abordar a temática dos marcadores sociais da diferença e das interseccionalidades diz respeito a entender suas raízes, consequências e imbricações que produzem e reproduzem desigualdades, resistências e confrontamento das opressões. Neste contexto, as narrativas ficcionais podem constituir formas de representação e produzir insights, pois performam práticas e discursos. Este estudo objetivou analisar os marcadores sociais da diferença e as interseccionalidades representadas na figura do líder organizacional nos filmes Amor sem Escalas, O Diabo veste Prada e Um Senhor Estagiário. No tocante aos procedimentos metodológicos, foi realizada uma pesquisa qualitativa e descritiva, considerando nos filmes, data, sujeitos e lugar. A coleta de dados se deu por meio da microanálise estruturada de cada filme e a discussão ocorreu com base nas categorias de análise dos marcadores sociais da diferença e das interseccionalidades. Conclui-se que as diferenças e interseccionalidades abordadas neste artigo aproximam o contexto organizacional fictício, representado nos filmes examinados, da realidade de muitas organizações, em que se reforçam os padrões normativos através de relações hierárquicas e desiguais. Estas são resultantes do cruzamento dos marcadores sociais da diferença (classe, gênero, raça/etnia, sexualidade e geração), apreendendo um processo de preconceitos interligados, que ocorrem, muitas vezes, de forma sutil e silenciosa na vivência do cotidiano organizacional.
Addressing the theme of social markers of difference and intersectionality concerns understanding their roots, consequences and imbrications that produce and reproduce inequalities, resistance and confrontation of oppression. In this context, fictional narratives can constitute forms of representation and produce insights, as they perform practices and discourses. This study aimed to analyze the social markers of difference and the intersectionality represented in the figure of the organizational leader in the films Up in the Air, The Devil wears Prada and The Intern. Regarding the methodological procedures, a qualitative and descriptive research was done, considering in the films, date, subjects and place. Data collection took place through the structured microanalysis of each film and the discussion took place based on the categories of analysis of the social markers of difference and intersectionality. It is concluded that the differences and intersectionality approached in this article brings the fictitious organizational context, represented in the films examined, closer to the reality of many organizations, in which normative standards are reinforced through hierarchical and unequal relations. These are the result of crossing the social markers of difference (class, gender, race/ethnicity, sexuality and generation), apprehending a process of interconnected prejudices, which often occur in a subtle and silent way in the experience of organizational daily life.
Abordar el tema de los marcadores sociales de la diferencia y la interseccionalidad se refiere a comprender sus raíces, consecuencias e imbricaciones que producen y reproducen desigualdades, resistencia y confrontación de la opresión. En este contexto, las narraciones ficticias pueden constituir formas de representación y producir ideas, a medida que realizan prácticas y discursos. Este estudio tuvo como objetivo analizar los marcadores sociales de la diferencia y las interseccionalidades representadas en la figura del líder organizacional en las películas Arriba en el Aire, El Diablo lleva Prada y El Intern. En cuanto a los procedimientos metodológicos, se realizó una investigación cualitativa y descriptiva, considerando en las películas, fecha, temas y lugar. La recopilación de datos se llevó a cabo a través del microanálisis estructurado de cada película y la discusión se realizó en función de las categorías de análisis de los marcadores sociales de diferencia e interseccionalidad. Se concluye que las diferencias y la interseccionalidad abordada en este artículo acerca el contexto organizacional ficticio, representado en las películas examinadas, más cercano a la realidad de muchas organizaciones, en las cuales los estándares normativos se refuerzan a través de relaciones jerárquicas y desiguales. Estos son el resultado de cruzar los marcadores sociales de la diferencia (clase, género, raza / etnia, sexualidad y generación), aprehender un proceso de prejuicios interconectados, que a menudo ocurren de manera sutil y silenciosa en la experiencia de la vida cotidiana organizacional.