Abstract Primary cutaneous anaplastic large-cell lymphoma (C-ALCL) is a rare subtype of non-Hodgkin lymphoma, CD30 positive that does not exhibit extracutaneous manifestations at the time of diagnosis. The emergence of solitary papules or nodules, on the trunk and extremities, characterizes the disease. This case reports a 58-year-old female who presented with a rapidly enlarging nodule on her right calf. The biopsy revealed a malignant neoplasm of large cells. The morphological features, combined with the immunohistochemical profile, revealed a CD30-positive and anaplastic lymphoma kinase-negative lymphoproliferative disorder, consistent with C-ALCL. Shortly after the first excision, new lesions manifested in violaceous papules and nodules, and a new biopsy was performed, confirming the initial diagnosis. The patient underwent radiotherapy for 4 weeks and the lesions regressed but recurred about a year after. The patient is currently under treatment. The main goal is to emphasize the importance of considering this diagnosis as a possibility in large-cell cutaneous lymphomas.
Resumo O linfoma anaplásico de grandes células cutâneo primário (C-ALCL) é um linfoma não-Hodgkin raro com expressão do antígeno CD30 e que não possui manifestações extracutâneas no momento do diagnóstico. O surgimento de pápulas ou nódulos solitários, localizados principalmente no tronco e nas extremidades, são característicos da doença. Neste relato de caso, discorre-se sobre paciente do sexo feminino, 58 anos, com lesão em panturrilha direita de aspecto nodular com crescimento acelerado. Na biópsia, anatomopatológico evidenciou neoplasia maligna de células linfoides/epitelioides. Os aspectos morfológicos, associados ao perfil imunoistoquímico, revelaram desordem linfoproliferativa CD30 positiva em pele, compatível com C-ALCL. Após primeira exérese, surgimento de novas lesões dolorosas em placa de coloração violácea, com realização de nova biópsia. Foi realizada radioterapia durante quatro semanas e as lesões regrediram, porém, recidivaram cerca de um ano após o tratamento. Houve indicação de um novo ciclo de radioterapia para a paciente. A excepcionalidade do C-ALCL justifica o desenvolvimento desse relato de caso, a fim de salientar a importância de se considerar este diagnóstico como uma possibilidade nos linfomas cutâneos de grandes células.