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Áreas inundáveis - Um desafio para Limnologia

Resumo

No decorrer de estudos limnológicos nas áreas inundáveis (várzea) do Médio Amazonas, encontraram-se dificuldades na aplicação da terminologia, dos conceitos e da metodologia desenvolvidas para os sistemas clássicos de água parada e água corrente. As pronunciadas oscilações periódicas do nível de água, em combinação com mudanças entre a fase aquática e a fase terrestre em grande escala, provocam condições, que não correspondem nem a lagos e rios nem a pântanos e águas temporárias. Uma revisão da literatura limnologica e ecológica mostra uma falta notável de trabaIhos que tratem da interrelação entre o meio ambiente aquático e terrestre, especialmente em relação às mudanças entre a fase aquática e a fase terrestre, que são características para áreas inundáveis. Existem várias razões para esta falta de estudos, entre outros a grande complexidade das condições ecológicas nas áreas inundáveis, e uma certa interferência entre limnologia e ecologia terrestre, provocando um descuido por parte de ambas as ciências. As condições ecológicas das áreas inundáveis são descritas usando-se a várzea do rio Amazonas como exemplo. O impacto da mudança entre a fase aquática e a fase terrestre para a flora, fauna e o balanço de nutrientes é discutido. Acentua-se o fato de que as áreas inundáveis mostram diferenças fundamentais relativamente aos sistemas clássicos de rio e lago, propondo-se tratá-los como ecossistemas específicos.

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