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Aspectos limnológicos do lago Grande do Jutaí (Amazônia Central), face as alterações químicas do meio hídrico da região (* * — Trabalho apresentado como Dissertação à Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", da Universidade de São Paulo, para obtenção do Título de Mestre em Energia Nuclear na Agricultura. )

Resumo

As condições limnológicas no lago Grande do Jutaí, na Amazônia Central, são determinadas principalmente pelo rio Solimões. O lago é conectado com o rio durante quase todo o ano e suas flutuações, conseqüentemente, atingem diretamente o lago. As mudanças de nível de água, somam uma amplitude de 9 a 10 metros, anualmente. De janeiro/junho encontra-se cheio com água do rio e chuva, e de julho a dezembro, encontra-se rebaixado. Estas flutuações em seu nível, são as principais responsáveis pelas grandes variações físicas, químicas e biológicas ocorridas em seu meio. Os meses de maio, junho, julho, agosto e, às vezes setembro, como observamos no ano de 1974, são considerados críticos para os peixes, face às pequenas concentrações de oxigênio dissolvido. Estas baixas concentrações de oxigênio, são devidos a fenômenos de estagnação (favorecendo a formação de H2S e redução de oxigênio) ou de turbulência (ocasionando a elevação do gás até a região do Epilimineo e conseqüentemente, a redução do oxigênio). Dos elementos mais importantes para a ictio-flora e fauna, o fósforo foi o mais deficitário. Embora seja anualmente incorporado ao lago, pelo influxo da água do rio. O rio Solimões fertiliza os lagos durante a enchente e ao mesmo tempo, refertiliza-se. no período do rebaixamento com o retorno das águas, face a fenômenos de remineralização.

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