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Observações sobre a dinâmica de Macrófitas aquáticas no lago da usina hidrelétrica de Balbina, Amazonas, Brasil

Entre 1991 e 1995 a composição das macrófitas aquáticas da porção inferior do reservatório da hidrelétrica de Balbina foi observada. Após o fechamento do lago pela barragem em 1987 a cobertura do lago por macrófitas aquáticas, principalmente por Eichhornia crassipes, foi alta, mas não existem dados quantitativos. A partir de 1990 a redução da cobertura foi rápida, e notou-se uma sucessão nítida e consistente em diversas áreas do lago: Eichhornia ® Utricularia e Cyperaceae ® Salvinia. As ciperáceas e outras plantas menos dominantes foram associadas com madeiras flutuantes provenientes da floresta emergente em decomposição. O monitoramento contínuo das condições químicas da água (1983 - presente) sugere que a sucessão é o resultado de um período relativamente curto de eutrofização, seguido por um declínio rápido do teor de nutrientes. Devido as variações anuais do nível d'água, a faixa marginal das ilhas e dos igarapés inundados é caraterizada por solos relativamente ricos, graças à decomposição periódica de plantas terrestres inundadas na cheia, e de macrófitas aquáticas na seca. Portanto, espera-se que o lago, com suas milhares de ilhas e igarapés inundados, sustente uma certa produtividade pesqueira, apesar do baixo nível de nutrientes do lago.

Usinas hidrelétricas; Amazonas; Balbina; macrófitas aquáticas


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