Geographic variation in skull shape of the water rat Scapteromys tumidus (Cricetidae, Sigmodontinae): isolation-by-distance plus environmental and geographic barrier effects?

RESUMO

A variação geográfica no tamanho e forma do crânio do rato-do-pântano Scapteromys tumidus foi examinada em amostras de oito clusters geográficos, abrangendo a maior parte da distribuição no sul do Brasil e no Uruguai, usamos dois métodos de geometria morfométrica bidimensional para as vistas dorsal, ventral e lateral do crânio. Os descritores geométricos não mostraram diferenças significativas no tamanho do crânio entre os clusters geográficos, enquanto que as diferenças na forma foram altamente significativas. Encontramos correlação significativa e moderada entre distâncias geográficas e morfológicas, corroborando o modelo de isolamento-por-distância. Amostras da planície costeira central do Rio Grande do Sul foram as mais diferenciadas, segregando completamente de todas as outras amostras na análise de variáveis canônicas para a vista dorsal. As regiões visivelmente mais variáveis no crânio foram o arco zigomático (principalmente a raiz esquamosal do zigomático) e as bordas laterais da caixa craniana. Uma vez que a correlação entre as distâncias geográfica e morfológica não foi alta, é possível que outros fatores (heterogeneidade ambiental e/ou barreiras geográficas) venham atuando na diferenciação do crânio de S. tumidus.

Palavras-chave:
Akodontini; isolamento-por-distância; morfometria geométrica; morfologia craniana; Pampa