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The occurrence of microdiamonds in Mesoproterozoic Chapada Diamantina intrusive rocks: Bahia / Brazil

A origem dos diamantes da Serra do Espinhaço na região de Diamantina, Minas Gerais e na Chapada Diamantina, na região de Lençóis, Bahia, permanece incerta apesar das inúmeras pesquisas desenvolvidas, ao longo das últimas décadas. A ausência de minerais satélites típicos em ambos os distritos, torna incerta a possibilidade de fonte kimberlítica para os diamantes. Na região de Diamantina registra-se, desde meados do século XVIII, a ocorrência de uma rocha metamórfica, composta por martita, sericita e turmalina, denominada filito hematítico e considerada por alguns pesquisadores como uma provável fonte dos diamantes. Rochas similares foram encontradas na região de Lençóis e submetidas a estudos petrográficos tendo a concentração de minerais pesados sido investigada por microscopia eletrônica de varredura (MEV). As análises petrográficas permitiram determinar uma origem ígnea para as rochas e as análises de MEV mostraram a ocorrência de microdiamantes. Estudos geocronológicos com a técnica Ar/Ar em muscovitas revelaram idades de 1515 ±3 m.a. que são correlacionáveis às idades de 1710 ±12 m.a., obtidas pelo método U-Pb, em zircões dos filitos hematíticos. Ambos litotipos apresentam composições química e mineralógica idênticas o que permite concluir que os filitos hematíticos tiveram como protólito as rochas intrusivas. Essa descoberta inédita de microdiamantes nas rochas intrusivas descortina a possibilidade de adoção de novos modelos prospectivos para mineralizações de diamantes em terrenos do Proterozóico brasileiro.

microdiamantes; rochas intrusivas; Formação Tombador; Serra do Espinhaço; Mesoproterozóico; Chapada Diamantina


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