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Antinociceptive and anti-inflammatory effects of a Geissospermum vellosii stem bark fraction

RESUMO

O Geissospermum vellosii (Pau pereira) é uma árvore brasileira, cujas cascas do caule são ricas em alcalóides indólicos que apresentam intensa atividade anticolinesterásica. Este estudo avaliou os efeitos de uma fração da casca (fração PPAC) e do extrato etanólico (EE) do Pau pereira em modelos clássicos de inflamação e dor em murinos. O EE e a fração PPAC, ambos na dose de 30 mg/kg, reduziram significativamente a constrição abdominal induzida por ácido acético em camundongos em 34,8% e 47,5% respectivamente. No teste da formalina, o EE (30 mg/kg) e a fração PPAC (30 e 60 mg/kg) inibiram somente a segunda fase em 82,8%; 84,9% e 100%, respectivamente. Comparado com a indometacina, doses similares do EE ou da fração PPAC foram cerca de duas vezes mais eficazes em causar antinocicepção. A fração PPAC não foi eficaz no teste da placa quente, enquanto reduziu a resposta inflamatória na segunda (50,6%) e na terceira (57,8%) horas do edema de pata de rato induzido por carragenina. A atividade anti-hiperalgésica foi observada depois de 30 min com um pico em 2 h (60,1%). Esses resultados mostrararam que os compostos presentes na fração PPAC têm atividade anti-inflamatória e antinociceptiva por um mecanismo aparentemente não relacionado ao sistema opióide. A despeito das respostas similares às observadas para a indometacina, os efeitos da fração PPAC são atribuídos principalmente às ações da acetilcolina.

Palavras-chave:
Geissospermum vellosii; Pau pereira; antinocicepção; inflamação; via anti-inflamatória coli­nérgica

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