Depósitos coluviais ocorrem extensivamente na Bacia Hidrográfica do Alto Rio Paraná, no sudeste, sul e centro-oeste do Brasil. Esses depósitos foram reconhecidos como uma unidade aloestratigráfica, e são interpretados como depósitos formados por processos de rastejo durante o Quaternário. Cada perfil coluvial estudado é muito homogêneo, e indica relativamente períodos longos de estabilidade da paisagem, suficiente para desenvolvimento de espessa cobertura. Estes depósitos foram datados por luminescência para estabelecer cronologicamente períodos de deposição coluvial mais intensa entre 6 e 220 ky B.P. Estes eventos correspondem aproximadamente às transições entre os estágios de isótopos do oxigênio 2-3-4 e 5-6, sugerindo que essa agradação esteve influenciada por mudanças climáticas. Desenvolvimento aluvionar foi correlacionado ao Peniglacial médio a superior da Glaciação Wisconsiana. Os períodos de intensidade ou frequência maior de precipitação que ocorre durante as transições climáticas estão provavelmente correlacionados com os eventos de agradação. A regularidade do registro coluvionar sugere constante soerguimento acompanhado de deposição sedimentar por toda UPRHB devido à atividade neotectônica durante o último milhão de anos.
coluviação; aluviação; Quaternário; datação luminescente; Brasil
