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Anatomy and ontogeny of the pericarp of Pterodon emarginatus Vogel (Fabaceae, Faboideae), with emphasis on secretory ducts

Interpretações discrepantes e incompletas têm sido conferidas ao fruto de Pterodon, especialmente no que tange à determinação estrutural da porção pericárpica que acompanha a semente na dispersão. Assim, com o objetivo de dirimir tais dúvidas e analisar a organização ultra-estrutural das estruturas secretoras presentes no diásporo de Pterodon emarginatus, realizaram-se estudos convencionais aos microscópios de luz e eletrônico de transmissão. Nas fases iniciais de desenvolvimento do fruto, prevalecem divisões celulares; pela ação do meristema subadaxial e do adaxial, formam-se, respectivamente, o mesocarpo interno fibroso e o endocarpo composto por epiderme multisseriada. No mesocarpo mediano, entre os feixes vasculares laterais, diferenciam-se numerosos ductos secretores lisígenos. Após a lise das células centrais e formação do lume, os ductos apresentam epitélio secretor uniestratificado, com células densas; gotas de óleo são observadas no epitélio secretor e tecido subjacente. Na maturidade, o exocarpo unisseriado e o mesocarpo externo, ambos fenólicos, descamam irregularmente, sendo o diásporo constituído pela ala papirácea e quebradiça, ligada ao núcleo seminífero que abrange o mesocarpo mediano de células lignificadas, margeando feixes vasculares e muitos ductos secretores, que apresentam acúmulo de oleorresina e cujas células epiteliais tornam-se vacuoladas. O fruto de Pterodon emarginatus é, portanto, uma criptossâmara.

Pterodon emarginatus; desenvolvimento; fruto; ducto secretor; resina; ultra-estrutura


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