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Environmental risk increase due to heavy metal contamination caused by a copper mining activity in Southern Brazil

As Minas do Camaquã foram a principal jazida de cobre sulfetado do sul do Brasil. Sua explotação foi realizada desde o século passado até 1996. Para avaliar a contaminação da água e o incremento do risco ambiental por metais pesados, relacionados à atividade de mineração, foram amostrados dois diferentes pontos do Arroio João Dias (estação 1, nível de base natural da área e, estação 2, área contaminada). A atividade de mineração aumentou os fluxos semanais naturais de metais pesados em aproximadamente 5424 kg ( <FONT FACE="Symbol">~</FONT> 60%) de fluxo total, 1542 kg ( <FONT FACE="Symbol">~</FONT> 49%) de fluxo da fração dissolvida e 3881 kg ( <FONT FACE="Symbol">~</FONT> 66%) de fluxo da fração particulada. O fluxo total de metais de origem antropogênica deve-se principalmente ao Fe, seguido por Cu > Zn > Mn, enquanto os fluxos de Cd, As e Pb foram desprezíveis. A avaliação do risco potencial à saúde humana, relacionado à ingestão diária de água do Arroio João Dias, indica que o risco deve-se, principalmente, ao Mn na área contaminada. A ingestão de água da estação 2 representa um incremento de risco da ordem de 130% e 59%, considerando os efeitos não carcinogênicos e carcinogênicos, respectivamente. O incremento real de risco à saúde humana pode ser maior do que aquele relacionado às concentrações totais, uma vez que as concentrações de Mn e As dissolvidas foram 5,5 e 2 vezes maiores respectivamente, do que o aceitável.

contaminação aquática; risco ambiental; metais pesados; mineração de cobre


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