O objetivo deste estudo foi determinar os sintomas e danos microscópicos causadas pelo flúor em Spondias dulcis, espécie sensível a essa substância. As plantas foram expostas a nevoeiros simulados com flúor (0, 5, 10, 15 e 20 mg L-1) por 20 minutos diários, durante quatro dias consecutivos. Amostras de folíolos sem qualquer lesão aparente ao flúor foram coletadas para análise microscópica. Mensurou-se a percentagem de área foliar necrosada e o teor do poluente na matéria seca das porções basal e apical da planta. As necroses surgiram 24 horas após a primeira simulação e tiveram início, principalmente, a partir da base dos folíolos. As necroses foram mais severas na porção apical das plantas, região com maior acúmulo de flúor. O dano na superfície dos folíolos foi caracterizado como plasmólise, erosão das ceras epicuticulares e ruptura da epiderme. Estruturalmente, observou-se considerável acúmulo de grânulos e gotas coradas de verde pelo azul de toluidina no parênquima lacunoso e nas proximidades das terminações xilemáticas. Houve redução da espessura do limbo devido a plasmólise no mesofilo, havendo aparente correlação com os danos observados na superfície. Os parâmetros observados em laboratório são promissores para estudos de biomonitoramento em campo.
Anatomia foliar; bioindicador; necrose; poluição; sintomatologia















