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The sea-level highstand correlated to marine isotope stage (MIS) 7 in the coastal plain of the state of Rio Grande do Sul, Brazil

A planície costeira do estado do Rio Grande do Sul, no sul do Brasil, inclui quatro sistemas deposicionais do tipo laguna-barreira formados por sucessivas transgressões marinhas do Quaternário, correlacionadas aos estágios isotópicos marinhos (MIS) 11, 9, 5 e 1, apesar da escassez de idades absolutas. Este estudo descreve um máximo transgressivo marinho mais antigo que o MIS 5, com base na estratigrafia, datações e fósseis encontrados na fácies marinho raso de uma barreira costeira (Barreira II). Esta fácies encontra-se exposta ao longo das barrancas do Arroio Chuí, é composto por areia quartzosa fina, bem-selecionada, com icnofósseis Ophiomorpha nodosae Rosselia sp., e conchas de moluscos. O registro sedimentar indica agradação da costa seguida por regressão do nível do mar e progradação da linha de costa. Datações por termoluminescencia (TL) e ressonância do spin do elétron (ESR) em sedimentos e conchas fósseis indicam uma idade de ∼220 ka para o final desta transgressão, correlacionando-a, portanto, ao MIS 7 (sub-estágio 7e). Dados altimétricos indicam amplitude máxima de aproximadamente 10 metros acima do nível atual do mar, mas processos tectônicos podem estar envolvidos. Condições paleoceanográficas à época da transgressão e correlações com outros depósitos da costa brasileira também são discutidos.

Barreira II; Arroio Chuí; MIS 7; Pleistoceno; Paleoceanografia


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