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Geochemistry of tourmalines associated with iron formation and quartz veins of the Morro da Pedra Preta Formation, Serra do Itaberaba Group (São Paulo, Brazil)

Na Formação Morro da Pedra Preta, seqüência vulcano-sedimentar do Grupo Serra do Itaberaba (São Paulo, Brasil), turmalinas de composição intermediária schorl-dravita ocorrem em formação ferrífera (incluindo turmalinito e metachert), metassedimentos, rochas cálcio-silicáticas e metabásicas a intermediárias. A Formação Morro da Pedra Preta é cortada por veios de quartzo que contêm tanto schorl-dravita intermediária, como turmalinas com Cr e V deficientes em álcalis. A ocupação do sítio X é ϑ0.51Ca0.33Na0.15, caracterizando-as como intermediárias aos membros extremos foitita e magnesiofoitita. Seus valores de Mg# são mais elevados do que aqueles da schorl-dravita intermediária. A espectroscopia Raman também confirma a presença de dois grupos de turmalinas. Dados de isótopos estáveis indicam como fontes de fluídos águas de origem sedimentar, em detrimento a fluídos oriundos de fonte (pós-)magmática. As composições de delta18O das turmalinas e quartzo dos veios são muito semelhantes, mostrando ter havido equilíbrio isotópico de fluídos durante sua cristalização. Schorl-dravita intermediária formou-se em condições sedimentares-exalativas submarinas; sua composição não foi fortemente afetada pelo metamorfismo. Turmalinas mais jovens, de composição entre foitita-magnesiofoitita, refletem a composição das rochas hospedeiras dos veios de quartzo, sendo que os fluídos que percolaram falhas e fraturas lixiviaram Cr (e V), ocorrendo cristalização de turmalinas deficientes em álcalis com Cr (e V) em veios.

série schorlita-dravita; foitita-magnesiofoitita; Grupo Serra do Itaberaba; Formação Morro da Pedra Preta


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