Este estudo compara o desenvolvimento de Kalanchoe brasiliensis e Kalanchoe pinnata, espécies medicinais conhecidas como "saião" e "folha da fortuna" que são utilizadas indiferenciadamente pela população para fins medicinais. O experimento consistiu em 20 parcelas/espécie plantadas em sacos plásticos com substrato homogêneo, em delineamento ao acaso, cultivadas sob níveis de luminosidade (25%, 50%, 70%, luz plena) em temperatura ambiente, e um tratamento sob plástico com maior amplitude térmica que o meio externo. Obteve-se para K. pinnata maiores alturas de plantas, comprimentos totais de brotos, caules, produção e teor de matéria seca de folhas que para K. brasiliensis, que alcançou maiores médias apenas para comprimentos de ramos laterais. As espécies apresentaram aumento em altura que variou em proporção inversa à incidência luminosa, e observou-se a influência da temperatura em K. pinnata. A produção e teor de matéria seca de folhas foram proporcionais à luminosidade; o que também ocorreu na espessura foliar para K. brasiliensis. No índice de intumescência e grau Brix, K. brasiliensis apresentou maiores médias que K. pinnata. Em relação ao teor de flavonoides totais, não foram observadas diferenças significativas para ambas as espécies. Os parâmetros analisados apontaram as principais diferenças no desenvolvimento agronômico das duas espécies.
Kalanchoe; luminosidade; mucilagem; flavonoides
