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Manutenção da infectividade de Tymovírus em extratos de plantas

Maintenance of infectivity of Tymovirus in plant extracts

Quatro isolados do vírus do mosaico da berinjela (EMV - "eggplant mosaic virus" - grupo tymovírus) foram armazenados a partir de extratos foliares de hospedeiras com sintomas sistêmicos. Os virus EMV-Al (isolado de Abelia), EMV-Sc (isolado da Escócia), -ts (estirpe-padrão) e VNBT (vírus da necrose branca do tomateiro), que induzem sintomas em Chenopodium amaranticolor, C. murale, C. quinoa (Família Chenopodiaceae) Datura stramonium, Lycopersicon esculentum e Nicotiana glutinosa (Solanaceae), foram conservados em extratos destas plantas, à temperatura ambiente, em geladeira e em congelador. A infectividade dos vírus, em diferentes períodos de armazenamento, foi testada em plantas de datura e glutinosa, para se determinar a longevidade in vitro. Constatou-se que, quando guardados em baixas temperaturas,os extratos preservam por mais tempo a infectividade dos vírus. No caso de datura e glutinosa, por exemplo, resultados positivos foram obtidos até 413 e 282 dias de armazenamento, respectivamente, em congelador. Entretanto, com relação às espécies de Chenopodium testadas, mesmo alguns extratos recém-preparados conduziram a resultados negativos, confirmando a presença de inibidores de infecção viral nestas plantas. Das três espécies, é sugerida a utilização apenas de C.quinoa para o preparo de extratos visando preservar estes vírus e, assim mesmo, por um período relativamente curto (entre 53 e 80 dias). A avaliação geral dos resultados mostra que, para os tymovírus estudados neste trabalho, é possível conservar a infectividade através da técnica de armazenamento de extratos foliares de plantas sistemicamente infectadas.

tymovírus; armazenamento em extratos; Solanaceae; Chenopodiaceae


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