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Palmeiras invasoras e sucessoras secundárias em fragmentos amazônicos

A fragmentação das florestas pode afetar a abundância e distribuição dos organismos. Populações de algumas espécies diminuem e eventualmente são extintas localmente enquanto populações de outras espécies podem aumentar. Em um estudo da composição e abundância de palmeiras secundárias e invasoras em oito fragmentos de florestas (três de 1-, três de 10- e dois de 100-ha), em três sítios (Dimona, Porto Alegre e Esteio) na Amazônia Central, cinco espécies nativas de palmeiras que não ocorreram nas áreas planas de floresta contínua de terra firme foram identificadas. Três espécies eram secundárias (Astrocaryum acaule Mart., Bactris maraja Mart. var. maraja e Bactris sp), uma invasora (Lepidocaryum tenue Mart.), e uma cujo habitat original era desconhecido (B. oligocarpa Barb. Rodr. & Trail). A maior abundância ocorreu nos fragmentos de 1-ha que tiveram 172 das 206 palmeiras encontradas comparado com 33 na de 10-ha e uma no fragmento de 100-ha. A maioria dessas palmeiras ocorreu em Dimona que tinha 195 das 206 palmeiras, comparado com sete em Esteio e quatro em Porto Alegre. A invasora L. tenue, que forma populações clonais, embora tenha ocorrido somente em Dimona, representou 91% do total de indivíduos encontrados. É possível que com o aumento da degradação interna dos fragmentos pequenos as populações de espécies secundárias e invasoras também aumentem, o que pode ser prejudicial às populações de espécies de plantas de floresta fechada que ocorrem nos fragmentos florestais.

biodiversidade; Lepidocaryum tenue; espécie clonal; invasão biológica


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