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Formas de vida, síndromes de polinização e dispersão de sementes em comunidades vegetais sobre afloramentos ferruginosos, SE do Brasil

Afloramentos rochosos têm um papel importante na diversidade vegetal de ecossistemas montanos. As cangas (afloramentos ferruginosos) estão entre os litotipos menos conhecidos e mais ameaçados do sudeste do Brasil, devido às atividades minerarias. Além da composição de espécies, um aspecto fundamental para promover sua conservação e restauração é o conhecimento das formas de vida, síndromes de polinização e dispersão de sementes dominantes. As análises foram baseadas em listas florísticas publicadas de cangas do sudeste do Brasil. Um total de 353 espécies de angiospermas (70 famílias) foi distribuído entre as duas fisionomias predominantes (áreas abertas e capões de mata) em cangas. Dezesseis famílias foram responsáveis por 70% do total de espécies. Comparado ao espectro normal de Raunkiaer, fanerófitos estiveram super-representados e terófitos sub-representados. Os primeiros foram a forma de vida predominante em capões, enquanto que os hemicriptófitos o foram em áreas abertas. A entomofilia foi a síndrome de polinização dominante em ambos os hábitats. A zoocoria foi dominante em capões e foi última em áreas abertas, onde a anemocoria e autocoria prevaleceram. Considerando que ambas as fisionomias estão sujeitas às mesmas condições climáticas, os resultados corroboram a influência de componentes geoedáficos nos três atributos analisados.

Afloramentos rochosos; cangas; conservação; condições geoedáficas; espectro biológico


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