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Crescimento e limitações à assimilação de carbono em Ricinus communis (Euphorbiaceae) sob condições de estresse hídrico do solo

A disponibilidade hídrica pode influenciar o ganho de carbono e o crescimento, com grande impacto na produtividade das plantas. Ricinus communis (L.), uma espécie resistente à seca, é uma cultura de grande importância econômica no Brasil, devido ao seu uso na indústria química e para a produção de biocombustíveis. Alguns dos mecanismos envolvidos na resistência à seca desta espécie foram analisados através de um progressivo estresse hídrico em plantas cultivadas em vasos sob condições de casa de vegetação. A suspensão da irrigação por 53 dias decresceu o conteúdo gravimétrico de água no solo e o potencial hídrico das folhas. O crescimento das plantas foi negativamente e significativamente reduzido pelo aumento do déficit hídrico do solo. Com a suspensão da irrigação, a assimilação de carbono e a transpiração foram reduzidas e permaneceram praticamente constantes ao longo do dia. A análise das curvas A/Ci demonstrou o aumento da limitação estomática, indicando que a limitação imposta pelo fechamento dos estômatos é o principal responsável pela redução da fotossíntese. A eficiência de carboxilação e a taxa de transporte de elétrons não foram afetadas pelo estresse hídrico até 15 dias de suspensão da irrigação. A resistência à seca da mamona parece estar relacionada a uma resposta inicial e pronunciada do crescimento, a um eficiente controle estomático e a capacidade de manter uma alta taxa de fixação de CO2 sob condições de estresse hídrico.

curvas A/Ci; estresse hídrico; fotossíntese; limitação estomática; padrão diário


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